terça-feira, 8 de julho de 2014

Caminhei quinhentos dias

E quinhentas noites, furtivamente, nesse vale
onde pessoas esquecem de caminhar

e focam-se em frivolidades
desfocam-se de si

dispersam-se... ah, quão ruim é perder o rumo.

Rumo pra onde? Por onde? E como?
De-mê um barco, flores e mar aberto, por favor.

Algo que sirva, algo que funcione
Pra abandonar a inércia junto com o desgosto de caminhar sem vontade por mares toscos. Quero mares vivos.
Mares completos.
Eu e você.

Quero cardumes de sonhos leves. Um laço. Eu, você... Nós... Nessa vivência passeamos.
Como reticências que estendem-se e dão espaço ao imaginar. A(mar). Amaremos por entre as confluências dos mares imensos desse mundo.
Amaremos de tal forma que não haverão profundidades que nos subtraiam, que nos restrinjam... Amaremos o barco, o mar, a onda, os peixes...
Diante de tal hipótese, poetizemos
e fiquemos

juntos.

-
por: Iaiá Gonçalves e João Ricardo Würch Selbach.

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