sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

amo o amar.

Ultimamente tenho tido medo de escrever, é como se as palavras possuíssem o poder de mostrar minhas fraquezas, meus defeitos. É como se toda vez que eu as colocasse no papel elas criassem vida própria e ao desabrochar falassem comigo. Eu as ouço toda vez que escrevo, umas são tímidas, já outras se expõe e gostam de serem vistas.
Certa vez um verbo me disse que não gostava muito de ser usado e que eu lhe dava muito valor. Era o verbo amar. Então eu lhe disse que ele deveria sentir-se lisonjeado por eu usa-lo tanto, e ele falou: -Use-me... Mas só se ao me escrever você me sentir. E eu lhe falei: - Eu te sinto todos os dias, te sinto em mim, nas flores, no céu, na boca, nos outros. Eu vivo você.
E vocês, já conversaram com ele? Já o viveu? Já o sentiu na pele?
Hoje o verbo rompeu meu medo e fez-me escrever. Não são belas palavras, mas são sinceras. Hoje eu só estou aqui porque descobri que eu amo isso. Eu amo escrever. Eu amo o amar.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

À Francesa

Marina Lima


Meu amor se você for embora
Sabe lá o que será de mim
Passeando pelo mundo a fora
Na cidade que não tem mais fim
Hora dando fora hora bola
Uma irresponsável pobre de mim
Se eu te peço para ficar ou não
Meu amor eu lhe juro
Que não quero deixá-lo na mão
E nem sozinho no escuro
Mas os momentos felizes
Não estão escondidos
Nem no passado e nem no futuro
Meu amor não vai haver tristeza
Nada além de fim de tarde a mais
Mas depois as luzes todas acesas
Paraísos artificiais
E se você saísse à francesa eu viajaria muito muito mais