domingo, 20 de maio de 2012

Cabides.

Procuro os cabides do guarda roupa, pra pendurar sentimentos, alusões de pensamento, sensações diárias. Cadê? Cabides sempre somem, e por aqui, eles quebram , quando eu coloco muita roupa. Mas eu gosto, gosto de por uma quantidade imensa de roupas, e costumo dividir por vestidos, calças e casacos. Roupas coloridas permeiam meu guarda-roupa, aquele , que quando criança eu abria e entrava achando que ia pra Nárnia. Hoje, são apenas roupas e cabides. Mas tem alguma coisa, querendo explodir dali, por isso tenho deixado-o aberto, aberto pro mundo, pra cabides quebrarem e sumirem. Cadê a palavra certa? Cadê a segurança? Eu não preciso mais de definições. Eu só quero cores, noites sem sono, dias raiando e amor - com cabides, também são bem-vindos. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Sem título, sensações.


Barulho das teclas, minhas mãos frias tocam o teclado e pensam em o que dizer. Mãos dizem? Talvez elas queiram dizer mais que minha mente. Fito as letras, e pergunto-me: Quero A ou Z? Quero todas. Quero sobrepô-las e confundi-las, até eu cansar. Queria poder dizer-te tudo, dizer: Eu te odeio. Eu te amo. Eu te quero. Queria poder gritar pro mundo que eu só queria você de volta. Mas... Amor é A e não Z. A de acaba, de ao menos que você queira... De: Aceite.
Palavras não vão dizer nada hoje, elas vão sair como eu bem entender, vão soltando-se dos meus dedos e amenizando minha dor. Vão ser dramáticas e sinceras. Dançando nas entrelinhas do meu ser, elas me falam cada coisa, elas mentem pra mim mesma, só pra que eu me conforte com as coisas, elas prometem e não cumprem, palavras malditas! Era preferível silêncio do que palavras ditas banalmente, mas eu já nem sei, nem sei se foram ditas ou caladas, naquele momento eu delirava nas sensações de tê-lo por perto, lembro-me do sabor dos lábios, do quero-te pra sempre aqui, do tocar da pele. Da intensa noção do que é sentir desejo. Do arrepio. Do eu, do você. Do nós? 

Do foi.