quinta-feira, 24 de março de 2011

"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre."


Bruna Lombardi.


E como, como me identifico.
É exatamente isso. Exatamente.

O desconhecido.

Conhecer? Andar? Sentir? Falar? Tocar.
Conhecer é exatamente isso. É tocar o mais profundo do outro, não é estar superficialmente com alguém e sim estar por completo; não é simplesmente saber a cor favorita dele(a) ou bater um papo com ele(a) em frente a banca de jornal... É sabe o bastante para demonstrar ao outro aspectos que nem ele(a) mesmo enxerga.

Então, nesse momento leitor, pergunte-se: O que é conhecer? Quantas pessoas você realmente conhece?
Porque na maioria das vezes nós temos a convicção de que conhecemos tudo e todos e no momento que nos deparamos com o desconhecido o medo vem a tona, o receio toma conta do nosso ser, porém, se você gostar de desafios como eu, vai tocar no desconhecido mesmo que de uma maneira idiossincratica- como coçar suavemente o lado da cabeça, ou fazer aquele movimento com os dedos que só você sabe, ou colocar delicadamente os fios de cabelo atrás da orelha...
Independente dos clichês, se você tiver uma convicção própria de que deve tentar conhecer o "real-desconhecido" siga em frente, e mesmo com a timidez, o receio: Conheça. Porque essas chances só aparecem uma vez na vida, portanto, entregue-se ao desconhecido como se ele fosse seu amigo de infância, traga-o para si, permeie as entranhas daquele ser, e quando menos esperar estará: Conhecendo, andando, sentindo, falando e acima de tudo: Tocando. Tocando a singular essência do tão distante desconhecido.




Ps: Dedicado à alguém que me proporcionou uma boa conversa sobre as ideias colocas no texto. E mais, para alguém que pouco conhece de mim, e que tem muita muita coisa para mostrar. Para alguem que às vezes soa como o desconhecido em pessoa. Mas a questão é exatamente essa : Conhecer a mais profunda essência do próprio desconhecido.

sábado, 19 de março de 2011

Ah, eu não suporto mais. Clamo aos céus, arranque-o de mim. Não sei se há motivo, só sei que quero algo fora, longe, como se nunca tivesse existido. Os arabescos loucos e acelerados algemam meu ser e agarram-me , deixando-me pesada.

Nada sai, as palavras estão engasgadas, ouço um burburinho de vozes e minha mente se enche de dor. Calafrios até o último fio de cabelo preto. Estava escurecendo, e na penumbra da dor resolvi sair, visitar mundos distantes. (...)


[Em breve continuarei o texto. Escrito em um dia tão peculiar, que eu nem lembro quando foi. Um achado em meio a todos os outros resquícios de papel em minha agenda.]