sábado, 25 de dezembro de 2010

Milagres acontecerão.

"O que existe diante e atrás de nós é quase nada se comparado com o que existe dentro de nós. E quando trazemos para fora o que temos dentro de nós, milagres acontecem." Henry David Thoreau.

Henry tem toda razão. Possuímos dentro de nós algo tão precioso, tão intenso, e não é uma só coisa, são várias, somos permeados de sentimentos que quando emergem podem sair como um passaro ou como um dragão cuspindo fogo vermelho e ardente. Às vezes não conseguimos controlar nossas angustias, nossos receios e acabamos trazendo eles para fora. Mas em alguns momentos isso acaba sendo bom, porque no momento em que emerge é como se nos sentíssemos livres, leves, soltos. Eu pelo menos me sinto assim.
Somos uma confusão. Um enleio misturado com mistifório, se é que me entendem.
Somos o tudo e o nada. Somos um elefante e uma formiga.
E nossos sentimentos são só parte de todo esse embrulho.

Quanto a parte do "E quando trazemos para fora o que temos dentro de nós, milagres acontecem." Sim, milagres acontecem, e digo isso por experiência própria, quando deixamos nosso inconsciente alçar voô coisas maravilhosas acontecem. Diríamos que quando deixamos emergir a parte inconsciente calma e amorosa, minha gente, não estou dizendo para matarem Jorge Bush ou algum político que tenham vontade de fazê-lo. Estou dizendo para amarem as pessoas não só conscientemente, estou dizendo para colocarem suas angustias de forma graciosa. Abraçem o mundo. Amem. Sonhem.
E acima de tudo deixe que as coisas aconteçam como devem acontecer, não atropelem o tempo, não tentem controla-lo. Simplesmente viva.
E como Henry diz, milagres acontecerão.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

klauss.weebly.com

Parceria.

entrem, entrem ! (:

Véspera de Natal.



Eu vejo as gotas de chuva da janela permeada com luzinhas vermelhas e amarelas. Os transeuntes navegando apressados com suas mochilas, sacolas e presentes de natal. Natal. Natal pode ser o ópio do povo, pode ser o auge do capitalismo nas lojas, pode ser o fim para uns e o começo para outros, pode ser uma junção de alegrias ou de tristezas. O Natal pode ser o que você quiser. E hoje vendo todas essas pessoas nas ruas, fico pensando o que sou no meio delas, porque sou, para onde vou. Penso se meu futuro será como desejo, ou se será completamente diferente. Pois é, esse ano não foi fácil, minha gente, meu ano foi permeado de choro, tristezas, doenças, mortes. E hoje, véspera de natal, vejo como todo momento tem um significado, como devemos guardar cada fração de segundos naquela caixinha preciosa chamada memória. E são desses momentos que absorveremos as coisas mais belas e singelas da vida. Que vocês presenteiem as pessoas não só hoje, mas durante o ano todo, nem que seja com um simples e profundo ‘Eu te amo’.

E com essa post pretendo compartilhar um pouquinho do que estou sentindo, pois nesse momento sinto uma paz, tão calma, tão branca, tão florida. Uma paz completa.


ps: Foto minha, tirada por: Kaio Cassio.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

http://letras.terra.com.br/raul-seixas/48312/

Gita

Raul Seixas
Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho

Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando, foi justamente num sonho que Ele me falou:

Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado,
Não falo de amor quase nada,
Nem fico sorrindo ao teu lado.

Você pensa em mim toda hora.
Me come, me cospe, me deixa.
Talvez você não entenda,
Mas hoje eu vou lhe mostrar.

Eu sou a luz das estrelas;
Eu sou a cor do luar;
Eu sou as coisas da vida;
Eu sou o medo de amar.

Eu sou o medo do fraco;
A força da imaginação;
O blefe do jogador;
Eu sou!... Eu fui!... Eu vou!...

Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!

Eu sou o seu sacrifício;
A placa de contra-mão;
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição.

Eu sou a vela que acende;
Eu sou a luz que se apaga;
Eu sou a beira do abismo;
Eu sou o tudo e o nada.

Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra,
Do fogo, da água e do ar!

Você me tem todo dia,
Mas não sabe se é bom ou ruim.
Mas saiba que eu estou em você,
Mas você não está em mim.

Das telhas eu sou o telhado;
A pesca do pescador;
A letra "A" tem meu nome;
Dos sonhos eu sou o amor.

Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo;
Eu sou a mão do carrasco;
Sou raso, largo, profundo.

Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!

Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão;
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão.

Eu!
Mas eu sou o amargo da língua,
A mãe, o pai e o avô;
O filho que ainda não veio;
O início, o fim e o meio.
O início, o fim e o meio.
Eu sou o início,
O fim e o meio.
Eu sou o início
O fim e o meio.

domingo, 19 de dezembro de 2010


"Aime-moi moins, mais aime-moi longtemps"

Não é o tédio que corrói as relações afectivas mas sim a inquietação e a insatisfação. Esse bichinho que nos leva a procurar constantemente novas sensações, emoções e experiências quilómetro zero, fazendo-nos menosprezar muitas vezes o que nos rodeia.
O amor é feito de serenidade e poucas pressas, de termos tempo para olharmos para quem está do nosso lado e captarmos os tais sinais que passam despercebidos aos demais.


http://oamorpelascoisasbelas.blogspot.com/2008/09/aime-moi-moins-mais-aime-moi-longtemps.html

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ontem a noite.

Ouça essa música enquanto tiver lendo: http://letras.terra.com.br/coldplay/64278/traducao.html - É só abrir em outra janela.

Deitei, liguei o mp3 e coloquei Coldplay para tocar, adoro as músicas deles para dormir.
Estava em um sono profundo, confortante. Foi quando várias pessoas apareceram em minha mente, entre elas estava uma amiga, ele e eu. Era um lugar escuro, não enxergava nada muito bem. Foi quando ele me puxou em um canto e disse: 'Tenho algo para te mostrar, mas não aqui' . Então eu disse: 'Está bem'. Passamos por um jardim e entramos em um anfiteatro enorme, ele pegou sua flauta e começou a tocar, sentei na plateia e ouvi , ouvi cada nota como se fosse a ultima música de minha vida. Ele terminou , bati palmas e sorri, aquele sorriso sincero que ele tanto comenta. Foi quando ele disse: 'Compus para você' , eu fiquei atônita, não sabia o que falar, o que pensar, e então abracei ele e disse em seu ouvido suavemente: 'Talvez eu possa compor algo para você com o tempo...' Toquei em sua nuca , sentia sua respiração acelerada, foi quando ele me beijou e eu acordei meio assustada mas ao mesmo tempo tão contente, era uma confusão de sentimentos.
Foi quando prestei atenção do som baixinho vindo do mp3, estava tocando The Scientist- Coldplay. Me assustei mais ainda, estava suando, joguei o lençol no chão e tentei dormir. Sentia calor. Mas a imagem não saia de minha mente.
Foi um bom sonho.
http://letras.ms/7anos/192007


Gente, esse é o link de uma promoção, a cada acesso eu ganho um cupom. Me ajudem, porfavor.

Desde sempre,
grata.

Inaiara.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

http://letras.terra.com.br/tie/1448496/

Quinto Andar
Composição: Tiê


Quando eu olhei pra cima e não te vi,
não sabia o que fazer,
fui contar praquele estranho que eu gostava de você.
Ai, ai, será que foi assim?
Que foi o tempo que tirou você de mim?
E ele num momento hesitou,
mas depois não resistiu,
me contou que mil balões voando foi o que ele viu.
Pensei: não é possível que eu não tenha reparado.
Eu devo estar completamente avoada.
Dei quase 5 passos e parei,
não podia andar pra trás,
mas confesso não cabia enxergar tantos sinais.
Alô, eu sei, se chega até aqui, tão no limite não dá mais pra desistir.
Amor, porque eu te chamo assim, se com certeza você nem lembra de mim.


Sim, essa é para você. Só sua. Mas nem tudo é nosso para sempre...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Um sonho.

- Ouça essa música enquanto ler o texto http://letras.terra.com.br/camera-obscura/1457194/traducao.html
É só colocar para tocar em outra janela e ler. -

Estava ela sentada, agradecendo por cada milésimo de oxigênio que absorvia, olhava as nuvens e criava em sua mente fantasiosa as imagens que as nuvens formavam juntas, via castelos, príncipes, rainhas, flores.. Via tudo. Resolveu ligar uma música bem alegre, porém, ao mesmo leve e calma como aquele ambiente.
Colocou no último volume, soltou os cabelos e começou a dançar, seus pequeninos pés balançavam com o vento, os olhos intensos brilhavam e seu cabelo- nem enrolado, nem liso esvoaçava no ritmo da música.

E de sua voz suave saia bem baixinho: ' I wanted to control it But love, I couldn't hold it ' . Delicadamente ela rodopiava, sentia-se tão em paz. As flores sorriam para ela, e ele a observava escondido atrás de uma árvore, admirava cada passo que ela dava e como seu corpo ficava lindo naquele vestido branco, e a fita vermelha em seus cabelos. Sim, ela era uma menina graciosa para ele.

E em um momento ela sentou-se na grama, ainda cantando, e o viu atrás da árvore, sentia seu pulso acelerado mesmo distante, seu olhar era profundo e triste, foi quando calmamente em passos lentos ele chegou a seu encontro, pegou-a pelas mãos, tocou-lhe o rosto, sua respiração era forte, ele tremia; aproximou seu rosto e quando seus lábios tocaram os dela, tudo acabou.
Começou a chover, uma chuva forte e continua.

E foi nesse momento que ela acordou, e viu que tudo não passava de um sonho. Uma lágrima escorreu de seus olhos, virou-se para o lado, puxou o lençol que estava no chão e adormeceu até o despertador tocar outra vez...

sábado, 20 de novembro de 2010

O raiar da noite

Era um dia completo. Feliz. Alegre.
Voltava da escola vendo o pôr-do-sol, as nuvens, aquele céu límpido, vivo.
Estava me sentindo tão bem. Fazia uma retrospectiva das palavras ditas por ela, do voto de confiança cedido, da melhor amiga que naquele dia estava comigo, que me entendeu, me ouviu e acima de tudo: Que falou.

Observava as flores, eram vermelhas, pétalas pequeninas, singelas e ao mesmo tempo imponentes. Estava chegando em casa.
Peguei a chave, abri o portão ainda observando o ambiente. Calmamente subi as escadas e foi nesse momento que minha irmã apareceu na janela e disse:
-O pai do nosso papai morreu.

Ouvi? Não.
Senti? Sim.
As palavra romperam. A vos no emergia. Eu apenas senti uma angustia profunda. Perguntei:
-O que?
Ela repetiu:
-O papai do nosso papai morreu.

Atônita respirei fundo e entrei. Vi minha mãe ao telefone, ela estava dando a noticia para alguém. E foi só nesse momento que acredite. Não conseguia chorar. Não conseguia pensar. Sentei na cama, parei por um instante e perguntei a ela:
-É verdade?
Ela disse o que eu não queria aceitar.
Fui até meu quarto e de minha avó, abracei-a fortemente, queria arrancar todo seu sofrimento. Queria que nosso sofrimento mutuo finda-se com aquele abraço.
Soltei ela levemente e peguei o telefone, liguei para aquela que citei a principio, amiga que tinha tornado o meu dia tão especial. Ela me ouviu e as palavras que ecoaram de sua voz foram tão confortantes como um abraço.

Eu não era tão próxima desse meu avô, e não entendia porque doía tanto e foi nesse momento que dos meus olhos fortes e intensos escorreram lágrimas tão frágeis como eu.

Fui ao velório, e nesse momento faltam 10 minutos para ele ser enterrado, estou sem forças, não durmo desde ontem, vejo ele no caixão: Tão sereno, tão calmo...
É a segunda pessoa que perco esse ano. Um bisavô. Um avô.

E eu vos digo, com a maior certeza: Amai a vida. Pois basta estar vivo para a morte bater à sua porta.

Somos Simulacros.

Vivemos pensando no que vestimos e possuimos e não no que somos.
E quando pensamos no que somos, pensamos sempre em sermos superiores e melhores.
E quando nos achamos superiores e melhores nosso ego torna-se grande demais para a aceitar as diferenças e os erros, e é nesse momento que nossa essência esvai-se.
E quando a essência humana esvai-se... Pobre de nós...

Tornamos nossa realidade um simulacro de nós mesmos.
Dói-me saber que nesse momento ela torna-se um espelho.
Melhor dizendo, reflexo de um humano sem alma.

Pois afinal, a essência perdeu-se.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.

Clarice Lispector.

domingo, 7 de novembro de 2010

Como uma onda.

Uma onda que vem

Uma onda que vai

Uma onda que fica

Uma se esvai.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Eu não aguento mais.

Eu não aguento mais isso
Não aguento mais nada
Não preciso de amor
Não preciso de flor
Não preciso de dor, de cor

Não preciso de paz
Não preciso de luz
Não preciso de voz

Eu não preciso de nada
Muito menos de você

Porque com você acabou literalmente tudo
Com você não existiu nada

Com você não existiu mundo.







- O poema foi escrito há uma semana atrás, em um momento de raiva e rancor profundo. Em um momento que eu achava que não precisava de você. Mas hoje eu vejo que sim, eu preciso.

Preciso da nossa amizade , para sempre.

Fim

Hoje eu me sinto descalça
Me sinto desamparada
Sinto que tudo acabou.

As lágrimas não para de cair
O mundo continuava girando
Mas o meu mundo havia parado.

O que eu mais desejava de você sei que não poderá me ceder.
Aliás, me deu o suficiente
Me proporcionou tudo que estava ao seu alcançe

Sinto muito por a música ter cessado
Mais ainda por saber que

Nossa dança acabou.

sábado, 30 de outubro de 2010

As Pontes de Madison.

“Robert, há uma criatura dentro de você que não tenho capacidade de trazer para fora, que não tenho forças para alcançar. Às vezes tenho a sensação de que você está aqui há muito tempo, mais do que uma vida, e tem habitado lugares particularmente que nenhum de nós se quer sonhou. Você me assusta, apesar de ser delicado comigo. Se não lutasse para me controlar quando estou com você, acho que poderia perder meu centro e nunca mais voltar.”

“A análise destrói as coisas inteiras. Algumas coisas, coisas mágicas, devem permanecer inteiras. Se você olhar por partes, elas desaparecem. Foi isso o que eu disse”.

“Francesca nada disse, meditando sobre um homem para quem a diferença entre um pasto e um prado parecia importante, que se entusiasmava com as cores do céu, que escrevia um pouco de poesia enão muita ficção. (...) Que parecia amar o vento. E se movia como o vento. Que havia vindo do vento, talvez.”

“Depois se abraçaram por um longo tempo. E ele sussurrou:
-Tenho uma coisa a dizer, uma coisa apenas; nunca irei dizê-la outra vez, a ninguém, e peço-lhe que a guarde na memória: num universo de ambiguidade, esse tipo de certeza vem uma única vez, e nunca mais, não importa quantas vidas você atravesse.”

Pois é, hoje eu li em apenas um dia, As pontes de Madison, nunca me senti como me senti quando li esse livro, parecia estar em outra órbita, às imagens vinham em minha mente, como se essa estória realmente tivesse acontecido.

É a história de uma experiência romântica e sensual sobre memórias latentes e possibilidades perdidas; o encontro entre dois seres de meia idade que irá marca-los para sempre.

Eu ainda não assisti ao filme, mas pretendo o mais rápido possível, o livro é mágico, seu lirismo cativa qualquer um. Como Robert James Waller disse: “Nas áreas indiferentes de seus corações poderão até encontrar, como Francesca Johnson, espaço para dançar outa vez”.

Um livro para ler e reler.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Eles e Elas.


Essa foto foi tirada no dia em que terminei as folhinhas nas quais escrevi para quatro amigos. Mas eles não são simplesmente amigos, cada um com sua peculiaridade única me consquistou de uma maneira impossível de verbalizar. Uma eu conheço desde a quinta série, é uma grande amiga, aquela que está sempre ali para dize algo, para me ouvir. Outro que conheci em tão pouco tempo e se tornou tão especial. E outros dois que são aqueles que te dão os melhores conselhos, que desejam a todo momento te ver feliz, que são sinceros, amigos, divertidos,importantes.

Não é um ou uma, são : Eles e Elas.

Pois é, essa folhinhas com minhas modestas palavras são minímas em relação ao que eu realmente sinto por vocês.

Eu te amo,

Beatriz,

Kaio,

Arthur e

Estela.


A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas.

Carlos Drummond de Andrade

Sociedade Corrompida.

A cada dia
A cada grito
A cada fato
A cada laço

Agonia
Atrito
Caso
Descaso

E o dia passa
O grito ecoa
O laço desfaz
O fato voa

Jaz aqui a Sociedade Corrompida.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

?

Quem sou eu?

Eu sou o desconhecido. O inesperado, o inexplicável. Eu sou o que eu quero ser, independente de julgamentos externos ou de padrões impostos pela sociedade. E mais, muitas vezes sou o que você deseja que eu seja em determinado momento.
Eu sou o tudo e o nada, eu sou o começo e o fim.

Sou o a flor de lírio que um dia irá murchar.

De onde veio o mundo?

O mundo veio dos meus pensamentos. Eu o crio a cada dia.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Emocional.


O emocional é algo tão complexo. Cada um tem o seu. O meu diríamos que é peculiar, intenso, confuso e estranho. Tento entende-lo a todo o momento, mas parece que quando consigo entende-lo surgem mais trilhões e trilhões de enigmas, como se ele fosse um mistério a ser descoberto a cada sensação.

Meu emocional é tão forte, que consigo passar ele para as pessoas com palavras. Já senti ele vir a tona em um dia , e vinha como se eu não pudesse controla-lo, como se naquele momento tudo acontecesse pelo emocional e não pela razão e foi uma sensação tão boa, intensa, gostosa. Foi tão bom sentir que tinha alguém comigo, que conseguia entender meu emocional por completo naquele momento e que eu entendia o dele também. Foi um momento único.

E é por isso que valorizo tanto o lado emocional das coisas, por isso que o enxergo com o maior cuidado e com toda atenção, por isso que eu sou assim, tão emocional, porque sem ele não existe razão para nada.

Sem ele não existe razão para a vida.










Obs: E não, essa é não é uma post emo, que fique claro. Rs.

Um segundo de melancolia.

As coisas mudam, permanecem, desaparecem...
As coisas ficam, somem, acabam...
E muitas coisas acabaram.

O problema é que nem sempre quando algo morre outra coisa nasce.

No meu caso tudo morreu.

Às 19:00, em um segundo de melancolia , em um ponto de ônibus, ao final de um dia.

Pois às vezes essa face do ser humano aparece do nada.

domingo, 12 de setembro de 2010

Rs.






Eu senti que esse blog precisava de umas postagens mais cômicas, a coisa aqui está tão triste, séria, consfusa, sincera... Ah, vocês sabem, eu só meu dou para escrever textos lirícos, portanto, como com textos cômicos eu não sou boa, vai ai duas imagens para vocês rirem , ou não. Rs. :D

sábado, 11 de setembro de 2010

algumas citações , consideradas por mim profundas demais, para serem denominadas de citações, rs



Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência a vossa!
Ai, palavras, ai, palavras,
sois de vento, ides no vento,
no vento que não retorna,
e, em tão rápida existência,
tudo se forma e transforma!

Cecília Meireles.

A palavra nasce-me
fere-me
mata-me
coisa-me
ressuscita-me

Murilo Mendes.

Há vários modos de matar um homem:
com o tiro, a fome, a espada
ou com a palavra
- envenenada.
Não é preciso força.
Basta que a boca solte
a frase engatilhada
e o outro morre
- na sintaxe da emboscada.

Affonso Romano de Sant’Anna.



Para mim a palavra é permeada de mágia.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Felicidade não tem validade , nunca terá.

felicidade tem validade.
Publicado em 14.05.09 por Kaio Cassio em http://minhaidiossincrasia.wordpress.com/

Sim. Em uma sociedade onde o ser humano vive os gozos da vida material, a felicidade está a cada dia tornando-se mais volátil. Tanto da parte simbólica como também a sentimental.

Sentimo-nos no direito de ser felizes diariamente. Essa busca é, na verdade, insana, pois nem mesmo o faraó mais rico e poderoso do Egito conseguiu ser em todas as facetas da vida plenamente feliz. É uma questão que vai além do nosso entendimento. E a felicidade é, em tese, a solução dos problemas da vida. Mas quanto mais a procuramos, ora estamos cegos por seu excepcional valor, ora estamos ignorando o fato de não haver felicidade eterna. A felicidade tem validade, pois mesmo quando a possuímos, desejamos que ela não acabe. E quando realmente percebemos que estamos felizes foi porque, de alguma forma, a felicidade esvaiu-se.

Já a variante infelicidade pode ser mais duradoura. É por isso que eu digo: Amai a infelicidade, pois é dela que tiramos as lições mais importantes da vida e é com ela que pernoitaremos mais vezes. Quanto à felicidade finja não vê-la. E se a ver, esqueça-a e siga em frente. Afinal, não se pode prender-se a uma lembrança.
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Então, eu estava ''passeando'' pelo blog do Kaio e li essa post, achei muito bem escrita, belas palavras, mas discordo de algumas coisas, e por algum motivo inexplicável resolvi escrever o que penso a respeito do assunto, HAUSHA, segue a baixo a minha 'visão' da felicidade.

Felicidade não tem validade , nunca terá.

Sim, a felicidade está se tornando cada vez mais volátil como muitas outras coisas, porém, discordo de muitas coisas colocadas por ele; primeiro: o fato de sentimo-nos no direito de sermos felizes diariamente é só uma maneira de ofuscar as infelicidades, e nós precisamos disso, embora seja errado, precisamos, precisamos em alguns momentos esquecer a infelicidade e fingir que está tudo bem. Pelo menos nos sentimos confortados. Às vezes é preciso criar uma imagem de que está tudo bem, às vezes é preciso sonhar, para nos ofuscarmos dessa realidade fria e cruel. Isso não quer dizer que não estamos encarando as infelicidades e sim que estamos guardando elas, para que possamos primeiramente enxergar a beleza da felicidade.

Claro que nunca conseguiríamos ser completamente feliz, pois afinal nada é bom por completo. Mas não acho que a felicidade tenha validade, pois acredito que se estamos felizes não ficamos pensando em quanto tempo isso vai durar, e sim aproveitamos, aproveitamos como se fosse durar para sempre. Se quisermos a felicidade pode ser duradoura também, por isso eu digo: Amai tanto a felicidade como a infelicidade, pois as duas se completam, precisamos tanto de uma quanto da outra. Nunca finja que a felicidade não existe, nunca a esqueça. Porque as lembranças são feitas para serem lembradas.

domingo, 29 de agosto de 2010

Assim.

Em uma superfície cristalina e silenciosa, planavam dois barquinhos de papel – desses feitos com jornal matinal, origami. Despertava, seguido de uma quarta-feira barulhenta e cansativa, o lago.

O lago estava lá. Intacto. O vento soprava e levava os dois barquinhos de papel para qualquer sentido. Não importa que lago era esse e nem porque existiam dois barquinhos de papel em sua superfície, o que importava é que eles estavam ali, juntos.

Nas margens, d’ onde narcisos brotavam lívidos, a relva também despertava guarnecida de gotículas de orvalho fresco. Mas o lago também tinha, ainda que estivessem preguiçosos pássaros. E era uma verdadeira legião deles, multicoloridos. Emplumados, cantavam como uma festa sambada, seus bicos afinados e seu rechonchudo tórax, amarelo. Diversas vezes, um peixinho azul vinha até a superfície quebrar o espelho d’água, tornando diversas ondinhas que se dissiparam até a margem, crispando-a.

E tudo isso, formava um local mágico, permeado de cores, tons, sombras. Quanto às sombras, não eram qualquer uma, eram as sobras das árvores que ficavam á margem do lago. Nunca tinha visto árvores com uma vivacidade tão verdadeira, e mesmo as mais velhas, elas possuíam algo tão peculiar em suas folhas que é impossível passar ao papel o que eu sentia e via naquele momento.

Quando por fim os barquinhos beijaram a margem do lago circundado de verde (puro verde, verde intenso e intacto), era como se um vendaval tivesse despertado. Como se os barquinhos fossem válvulas de uma hidroelétrica que despertava a sua fúria, ora molhados, ora violentos, em um ritmo acelerado e, ao mesmo tempo, em câmera lenta. Sentia seu cheiro. Cheiro de chuva no deserto. Foi quando tomei posse do que estava acontecendo.


Tomei consciência de que o vendaval já havia passado. A questão é que nem todo vendaval é ruim, e no fundo esse vendaval fez muito bem aos barquinhos, naquele momento. Por alguns instantes parecia mesmo que o local em que os barquinhos estavam era mágico, pois até o vendaval diferia de qualquer outro vendaval ocorrido no mundo, pois esse não possuía vento. Esse foi um vendaval único. Intenso e singelo. O problema é que são nas coisas mais singelas que eu enxergo a beleza, como Cecília Meireles mesmo disse: “(...) uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante da minha janela, e outros finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.” E talvez um dos barquinhos precisasse olhar dessa forma, para que nesse momento da narrativa quando o vento voltava a soprar calmamente, esse barquinho não fosse embora.

Tão era a incapacidade de permanecerem juntos que, mesmo os barquinhos tendo, na alvorada, uma grande luta pela frente – pois eu vos digo que o pé d’água não cessara tão cedo, pois não só da chuva vinham as gotas, como também da fina proa dos barquinhos, vazados ao fundo. Terminada a viagem, a aventura, por assim dizer, o psicótico vento oeste carregou finalmente um deles, tendo como intuito fazer o que a própria natureza desejava, para infelicidade dos itinerantes que ali queriam viver e viajar, juntos naquelas torrentes incessantes. Há males que vêm para o bem.


Por Kaio Cassio e Inaiara Gonçalves, em um dia ensolarado.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Palavra.

É incrível como a escrita tem sido uma válvula de escape para mim. Toda vez que sinto algo muito forte, uma tristeza profunda, uma alegria intensa ou um pensamento em você; a escrita tem sido minha única alternativa.

As palavras vão soltando-se no papel, vão caminhando como se não existisse o ponto final, mas quando ele vem... Rompe. Rompe não com minha linha de pensamento e sim com minha “linha de sentimento”. Pois a palavra para mim não é apenas uma junção de sílabas, a palavra é algo tão profundo que é como se ela estivesse guardada lá no fundo do âmago e emergisse; muitas vezes emerge da boca para fora, mas quando é dessa forma é como se a palavra perdesse sua essência, seu sentido.

A palavra amor, por exemplo, quando fala, vê ou escreve ela aposto que veem trilhões de coisa à sua mente: o primeiro beijo, aquela época em que você tinha 10 anos e gostava do seu melhor amigo, a sua primeira paixão- aquela intensa e fugaz; o amor não correspondido- aquele por qual você sofre, chora, perde o espírito de ir em frente e tentar de novo... Traição. A falta de amor lembra traição, mas essa lembrança eu não desejo a ninguém. Mas no momento amor lembra-me você. O problema é que eu nem sei se é amor, no fundo eu nem sei o que é, só sei que resolvi denominar esse sentimento-sem-nome de amor.

Eu disse para vocês como solto as palavras no papel, minhas palavras já estão confundindo-se, embaralhando-se e o foco do texto já está perdendo-se em meio aos meus sentimentos jogados aqui.

Acho que é hora de chamar aquele que eu citei a princípio. Chamar o ponto final, para infelizmente romper minha “linha de sentimento”.

Ponto.

Porque no fundo ela sempre se rompe.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O último inverno.

Lembro-me daquele dia como se fosse hoje.

Era inverno, as flores não possuíam aquela vivacidade única, o céu estava turvo, e o verde das folhas, ah o verde intenso das folhas estava fosco.

O dia marcante não é apenas um dia em que algo extraordinário acontece, ou algo inesperado, um dia marcante pode ser o dia mais simples e mais bobo da vida, um dia marcante pode ser todos os dias. O fato marcante pode ser sempre, só basta aproveitarmos cada segundo como um fato marcante. Embora, nesse dia algo inesperado tivesse acontecido.

E aquele segundo foi marcante. Eu estava sob a janela do meu quarto, observando as ruas, as pessoas com a suas rotinas e manias diárias (detalhe: detesto rotina), como o senhor que passava na banca de jornal e logo após ia tomar um café na lanchonete ao lado, ou o cara que passeava com o cachorro no mesmo horário, todos os dias, ou aquela mulher da rua que vivia com o fone de música ao ouvido, e como mais que a metade da população brasileira se isolava do mundo e das pessoas dessa maneira. Foi quando o telefone tocou, em um sobressalto fui atender, estava tão entretida com a paisagem da minha janela que me assustei. Desci as escadas correndo para atender, não sei por que estava tão apressada se nem sabia a respeito do que era o telefonema, mas sentia que era algo importante, simplesmente sentia.

Atendi ao telefone:
“Alô? Quem fala?” Era meu pai.

Ele com um tom de preocupação, como quem não sabe qual será a reação da pessoa, disse:

“Inaiara, seu bisavô está muito doente, e iremos visita-lo amanhã no hospital.” Quando ele disse isso fiquei quieta por uma fração de segundos, que parecia ser eterna. Não acreditava no que ele disse, então suspirei um:

“Está bem.”
Meu bisavô era muito importante para mim, passava grande parte das férias em sua casa. Desliguei o telefone atônita, sem saber o que pensar, e foi quando percebi que estava a uma hora pensando na notícia que meu pai havia me contado, e que logo ele estaria em casa. Resolvi ir dormir, a notícia tinha me dado sono.
Acordei no dia seguinte com meus pais me chamando, dizendo que já estávamos atrasados para ir ao hospital, coloquei a primeira blusa que achei na cabeceira o jeans que estava jogado no sofá, e fomos.

Chegando lá, minha mãe subiu primeiramente ao quarto com minha avó e meu pai, fiquei esperando no andar de baixo, foi quando meu pai desceu com o olho lacrimejando, e disse um:

“Ele está muito mal.” Então, eu subi, passei pela sala de espera e vi minha avó chorando muito, ela estava realmente mal, afinal, era seu pai. Entrei no quarto, e quando vi meu bisavô deitado naquela cama: Com os braços fracos. Os olhos fechados. A face gélida. Lembrava-me de quanta vida ele já havia possuído um dia. Foi então que minha mãe que ainda estava lá sentiu a pulsação dele, nesse momento eu disse ao seu ouvido:

“Vô? É a Inaiara.” E ele não respondia, senti que não estava respirando. E minha mãe com os dedos em seu pulso disse:

“Inaiara, chame o enfermeiro, acho que ele se foi.”

O enfermeiro entrou na sala, tentou achar a pulsação em vários lugares, nos olhou e disse:

“Ele morreu.”

Eu não acreditei no que ouvi, mesmo sabendo que tinha sido melhor para ele, afinal ele possuía 90 anos, chorei tanto, não consegui controlar, as lágrimas desciam sob meu rosto sucessivamente. Foi a minha primeira experiência com a morte.

E nesse dia eu descobri que a morte é muito mais que cinco letras.

Minha vida, é minha peça de teatro.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Saudades.

Meu, eu fiquei muito triste quando soube que o professor de Biologia, Mauro, estaria saindo da escola. Ele é um dos melhores professores, e quando ele escreveu em papelzinhos para mim, Sofia e Bela achei belíssimo uma parte do que ele escreveu para mim:

"O dia é sempre mais escuro antes da aurora."
Gandalf.

Apesar de não querer que saia, desejo toda a sorte do mundo, e essa post é dedicada ao professor Mauro Draco Bigatto.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

.

Peço desculpas aos leitores do blog, (se é que ele tem leitores, rs) por estar tanto tempo sem postar algo.

Estou sem computador por um grande tempo, ele pifou de vez, e de vez em nunca consigo ir em uma lan house, também ando com alguns problemas pessoais, mas de qualquer maneira..

Até breve.

domingo, 30 de maio de 2010

Cegos.


Fico impressionada em como o mundo está cego em relação a tudo, cego em relação ao próximo, em relação à pobreza, a natureza, em como o mundo está cego em relação ao próprio mundo.

Estou cansada de viver em um mundo individualista em que o que importa é o seu próprio umbigo e nada mais, um mundo em que preferimos colocar o fone no ouvido a dar um bom dia ao cobrador do ônibus.

Preferimos pagar pelo insufilme do carro, pelo condominío fechado, pelo segurança particular para não sermos assaltados ou não corrermos perigo.

Estou cansada de pessoas que dizem que pobre é pobre porque quer.
Estou cansada de pessoas que moram em um prédio e chama o vizinho de : 'ah, o seu nome? É o cara do 350.'

Estou cansada dos padrões de beleza, de termos que pagar por tudo.

De trilhões de coisas não serem acessível a mais que a metade da população.
Da decadência musical.
Da destruição da natureza e de não percebermos que estamos dretuindo-nos.

Estou cansada...

Estamos cegos. E é melhor começarmos a enxergar.

Ou ao menos, usarmos os outros sentidos.

Palavras pausadas, fragmentadas, cortadas.


Não sei porque, mas hoje sinto um vontade imensa de escrever algo. Porém, não sei o que escrever.

Hoje há uma conturbação de coisas lá dentro, querendo sair, mas a válvula de escape anda falha.. Procuro palavras, verbos, para me expressar , mas cadê? cadê?

Ontem a noite sonhei com você, falaria para qualquer um que acordei assustada, mas no fundo , não foi bem assim.. hm Eu sei que não.
Mas no fundo eu sei que nunca daria certo, não mesmo. Definitivamente, não daria.

Hoje minhas palavras estão pausadas, fragmentadas. Oh, céus, detesto tudo isso.

Ouço Quelqu'un m'a dit da Carla Bruni, descobri como amo fracês, queria ir para frança, passar um dia , um ano lá. Ah, realmente queria, largar tudo nesse exato momento e ir para lá.

Observo as ruas, as guerras, as pessoas, é tudo tão triste, sinto vontade de criar um lugar melhor, em que não exista pobreza, triteza, em que cada um possa fazer o que bem entenda com consciência, em que as flores sejam lindas todos os dias e não só na primavera, em que cada um encontre o amor, ame, viva, em que tenhamos dias melhores, em que possamos tocar as nuvens, em que eu possa escrever uma post como essa, sem começo meio e fim e não seja criticada, ou que as pessoas entendam que hoje eu simplesmente quero jogar as palavras no papel, em que nem tudo tenha um porque e apenas o fato de acontecer justifique as coisas, em que nós sejamos menos hípócritas, em que nem tudo seja por um fim lucrativo , em que não tenhamos um governo imbecil, em que como Cazuza diz, nossos sonhos não fossem vendidos, nem as ilusões perdidas e em que nossos inimigos não estivessem no poder ,em que em dias como hoje eu conseguisse me expressar com clarezada e exatidão...

...no fundo em que se possa viver bem, apenas isso.

Às vezes eu queria mudar o mundo.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Rosas.

As rosas murcharam, sumiram, acabaram.
No fundo eu sinto que está comigo,
Mas ao mesmo tempo não está.

As rosas vieram, trouxeram, tiveram.
E lembro-me das suas cores, seus tons, seus traços
Que o tempo apagou.

Porém, rosas nascem todos os dias.

terça-feira, 30 de março de 2010

Vazio.

Sinto um vazio
Como se não existisse mais nada dentro de mim
Mais nada comigo
Mais nada para mim
Mais nada por mim

Só espero que o vazio seja passageiro
E que o que eu desejo chegue logo para preencher
A minha alma
A minha vida
O meu vazio...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Rótulos.

rótulo (latim rotulus, -i, pequena roda)
s. m.
1. Impresso que identifica o conteúdo, as características ou a composição de um produto ou outras informações complementares. = dístico, etiqueta, letreiro
2. Encad. Dístico na lombada dos livros.
3. Designação ou característica definidora, geralmente de carácter!caráter redutor, atribuída a algo ou alguém.
4. Ralo ou pequena grade em portas, janelas, etc.
5. Ant. Pergaminho em que se escrevia.

Sabe, com toda essa mudança de escola, comecei a perceber uma coisa.. Quando minha ex-professora me disse que talvez eu precisasse de um novo lugar para mostrar meu brilho, não dei muita importância para o que disse, mas hoje vejo que tinha razão.

Quando convivemos muito tempo com as mesmas pessoas, todos os dias, elas acabam se esquecendo de pequenas e singelas coisas importantes que existem em cada um dali, seja do trabalho, da escola, do clube, elas acabam criando rótulos, como se aquela pessoa fosse daquele jeito e ponto, nada mais. E o brilho de cada um acaba se ofuscando em meio a isso. E a cada dia que passa isso vai ficando mais intenso, até o momento em que você não enxerga mais a pessoa e sua essência única, e sim o rótulo que foi criado para ela. E nós como sempre, nos acomodamos com isso, como se fosse normal. Isso não existe, não existe a aluna melhor, a outra que é legalzinha e meio bonitinha, uma que é a master linda a outra feia, isso não existe, isso existe nos rótulos que criamos o tempo todo, como se aquela pessoa fosse só aquilo é nada mais.

E cada um vai se colocando dentro desse rótulo e aceitando isso, introduzindo de uma maneira tão intensa que me dá até medo.

Sabe, hoje em uma nova escola, conhecendo novas pessoas, percebo que mesmo com toda a diversidade, com algumas pessoas que me identifico mais, outras menos, percebo que cada um ali tem seu brilho e suas peculiaridades únicas.

A gente só tem que aprender a enxergar o brilho das pessoas. Só.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Escrever.

Escrever talvez seja a tarefa mais difícil do mundo.
Juntar as palavras, formar uma frase, pontuar e o pior de tudo se expressar.

Às vezes venho escrever aqui e nem penso no que escreverei, como escreverei e para quem escreverei. Simplesmente escrevo.
Muitos podem achar tudo isso, esse blog, minhas palavras um fracasso. Mas acho que o que faz com que eu continue escrevendo sou eu.
Eu escrevo para mim. É como se eu parasse, olhasse a tela do computador e o teclado, buscasse no fundo do meu âmago palavras e.. Escrevesse.

Creio que para um poema ou um texto sair razoavelmente bom temos que pensar em sua estrutura, tema... Em cada palavra.
Nem sempre é assim, mas às vezes tenho uma vontade tão grande de me expressar que não paro e penso em tudo isso.

É bem contraditório com o que eu disse anteriormente, mas saibam que sou extremamente perfeccionista, ao mesmo tempo que às vezes deixo as palavras soltarem no papel como o vento, vivo mudando uma vírgula em meus textos porque acho que ele ainda não está perfeito.
Mas como sabemos, a perfeição não existe...
Alguns textos chegam perto do perfeito, mas eu, AH, estou longe disso, quem sabe um dia com o tempo, experiência e aperfeissoação não chego lá, rs.

E às vezes soltar os sentimentos, minhas angústias mais profundas no papel, me faz bem.

Mas se você estiver a procura de algo mais concreto, com linhas perfeitas como a lua cheia, sem absolutamente nenhum ponto de erro, ah, pare de ler palavras de uma jovem estudante; sabe, para mim todas as fases dá lua são lindas, e são mesmo, mas se procura algo absolutamente perfeito como a lua cheia, vá a outro blog..

Porque o dessa pequena grande jovem aqui, está mais para lua nova..

sábado, 9 de janeiro de 2010

Queria.


Há algo de estranho
Uma sensação triste e confusa

Queria saber de você
queria ouvir da tua boca
queria sentir com você
queria falar..

Mas não consigo.
E você muito menos.

E eu tento, tento mudar ..

Eu só quero que não acabe assim
Algo que nem começou
E que por mim poderia começar.

E eu não vou ficar mal
Porque sua amizade já é suficiente

Você sabe
Você entende
Você finje não saber
E não entender.


Só fale, diga, abra.
Não importa o que seja
Simplesmente diga.

Diga-me .