sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

amo o amar.

Ultimamente tenho tido medo de escrever, é como se as palavras possuíssem o poder de mostrar minhas fraquezas, meus defeitos. É como se toda vez que eu as colocasse no papel elas criassem vida própria e ao desabrochar falassem comigo. Eu as ouço toda vez que escrevo, umas são tímidas, já outras se expõe e gostam de serem vistas.
Certa vez um verbo me disse que não gostava muito de ser usado e que eu lhe dava muito valor. Era o verbo amar. Então eu lhe disse que ele deveria sentir-se lisonjeado por eu usa-lo tanto, e ele falou: -Use-me... Mas só se ao me escrever você me sentir. E eu lhe falei: - Eu te sinto todos os dias, te sinto em mim, nas flores, no céu, na boca, nos outros. Eu vivo você.
E vocês, já conversaram com ele? Já o viveu? Já o sentiu na pele?
Hoje o verbo rompeu meu medo e fez-me escrever. Não são belas palavras, mas são sinceras. Hoje eu só estou aqui porque descobri que eu amo isso. Eu amo escrever. Eu amo o amar.

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