terça-feira, 8 de julho de 2014

Cálidas são as palavras dos poetas marginais, que percorrem a rua lá de casa e me param com sorrisos enormes e palavras honestas. As palavras correm como bem entendem. As vidas escorrem pelas calçadas e alguns deles picham por aí. Colorem os muros frios e encaram as esquinas famintas.
Do que você tem fome?
Do que carece o mundo?
Vejo abraços que não se abraçam e beijos que não se beijam e vidas que não se esbarram
e
onde vamos parar?
ganhe
compre
ganhe
compre
possua isso
e aquilo 
ter sobrepõe ser
seremos algo?
Por favor. Seja algo comigo. Sejamos algo em meio a essa imensidão de palavras que explodem dentro de mim e não sabem dizer coisa alguma.
Não lhe peço dias infinitos, apenas
algo que mate a minha fome
de amor.

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