tenho uma cabeça de flor
que conforme a vida passa
floreia umas ideias jardinescas
sente com asa
danças pitorescas diárias
que fluem
nos dizeres insanos da meninice
confluência de palavras
todas cheias de flor
e amor
pra doar
ando ando ando
e minha cabeça fica lá no jardim
brotando pensamentos
que mimetizam-se em poesia-mal-feita
corro corro
e percebo
que estou flore(ando) demais
estão frágeis
precisando de água
terra firme
mãos que afagam
e procuram plantar novo jardim
preciso preciso
de palavras não tão incertas
nada de chuvas tempestuosas
que me arrancam do chão
porque tem muita palavra
e sentimento
pro tamanho da flor.
então,
só me rega
e não permita
que eu morra novamente
num jardim tão colorido
que é a vida.
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