contornou-lhe o corpo
como se a estivesse pintando
sua língua pincelava
suas mãos nadavam no sexo da flor
e percorriam pelas pernas
coxas
cintura
num ritmo
que crescia
conforme a respiração ofegante
denunciava
a vontade de continuar
encarar
aqueles olhos
que lhe comiam
aquela boca
que lhe tirava o ar
ao chupar seus seios
aqueles corpos
que nus
se entendiam
por entre os risos
e brincando
se divertiam
enrolavam-se
gemiam
já não sabiam mais
sobre relógio
ou medo do tempo
suspiros
encontros
de cada partezinha
dos corpos
que juntavam-se
freneticamente
e bailavam
numa melodia
sem fim
suavam
os dois
giravam
cantavam
gemidos
excitados
sentiam
ofegantes
calavam
quase que como uma nota
musicalmente forte
penetrou-lhe
profundamente
suplicava por mais
e mais
e mais
dança que
ia e vinha
vinha e ia
intensamente
ria
de tanto prazer.
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