domingo, 17 de novembro de 2013

Queria que as palavras -essas sorrateiras poderosas- que sempre saem de mim explodindo, queria que elas, por vezes, pudessem se tornar vida. Imagina só! Daria pra escrever: Passou. E a dor já teria acabado. Em seis letras. Seis letras pra curar uma dor. Quantas será que serão necessárias pra aliviar dessa vez? Da última, deu vinte e duas folhas de textos, frente e verso. Ah. As palavras. Sempre acabam curando a gente, apesar de não serem reais como meu corpo ou como a nuvem, também sabem correr pular e expurgar tudo pra fora. E respiram dentro de mim arrancando cada pedacinho da dor -junto a algumas lágrimas que caem no papel- Por isso, meus leitores, peço perdão: mas todos têm necessidades.

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