segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Ao lusco-fusco do dia de hoje pensei no que dizer ao mundo. Pensei em cada pedaço de letra que poderia ser juntada. Mentira. Não pensei em nada, ao lusco-fusco que se enebria e vem de fora pra dentro e de dentro pra fora, exatamente na transição do dia-noite, no ponto exato em que escureceu: não pensei em nada.
Não havia muita coisa em minha mente, nem concretude pra preencher meu corpo. Tava tudo um tanto vazio. Como se o dia e a noite fossem um só: mimetizados com a minha saudade.
Como se ao me deparar com a quantidade de letras e palavras que existem no mundo, nenhuma, nenhuma conseguisse expressar com exatidão qualquer coisa do que se passa aqui dentro. Porque todos nós, somos um buraco bem profundo, uma estrela bem distante, uma constelação enorme enorme enorme, que chega a explodir!
As palavras, essas todas explodem dentro de mim, e caem dos meus dedos , da minha boca, dos meus seios, do meu ventre e rasgam meu corpo que ferve de tanta água salgada dentro dele.
Que chora.
Já viu corpo chorar?
Eu sinceramente não sei mais sobre o dia, nem sobre a noite. 
Nunca soube muito sobre o amor e sempre amei demais.

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