sábado, 23 de novembro de 2013

Escarlate. Minha dor era escarlate rebuscada. Era cheia de detalhes. Cheia de cansaço. De claro espaço ocupado. Daquelas que estão intrínsecas e vazadas, que escorrem bem do nada, assim, no meio do dia quando estou num lugar que me lembra você. Os lugares sempre estiveram ali e sempre vão estar. As músicas vão ser sempre ouvidas. A parede de trás do ponto de ônibus, vai ser sempre a mesma. Os cantos do metrô, também. Mas a minha dor, não. Minha dor vai ser sempre pulsante, enquanto você ainda ocupar uma parte de tudo que sempre foi o mesmo, e por pouco tempo, havia deixado de ser.

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