terça-feira, 5 de novembro de 2013


Encarei as letras a minha frente e pensei em como junta-las a ponto de formar algo a ser dito. Algo a ser dito? Há algo a ser dito?
Bom, penso que se parei para encarar essas palavras é porque há. Sempre há. Corpo de poeta pro(pulsa) palavra. Ultimamente a palavra que tem perpassado mais vezes meu corpo, inteiro, como cacos de vidros perfurando cada parte e arrancando pedaços de pele e sangrando sem parar, estancado: meu corpo tava estancado de saudade de você.
Acordava todos os dias pensando se você estava bem. Dormia pensando se você estava bem. Vivia pensando se você estava bem.
Bem. Eu sempre te quis tão bem.
Sinto-me impotente, se eu pudesse iria correndo até você e diria: Moço, acorda, tem gente querendo te abraçar!
E te abraçaria e te beijaria e me enroscaria em ti como todas as vezes passadas.

Passadas. Passado a dor como ficaremos? Seremos desconhecidos?
Uma hora moço, uma hora infelizmente, eu vou cansar. 
E aí, eu já terei ido, pra longe dos cacos que perfuram.

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