Este blog não tem a pretensão de ser nada além de um lugar onde eu tenha a liberdade de escrever o que quero e você tem a liberdade de dizer o que quiser.
sábado, 24 de dezembro de 2011
Cataventos finais.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
palavras mal-formuladas

sábado, 26 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo, mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo,
era uma coisa sua que ficou em mim,
que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás
Cazuza - Poema
O capitalismo é uma corrida.
por Inaiara Gonçalves e Rafael Magalhães
O capitalismo é uma corrida. Estamos sempre buscando desenfreadamente por novas técnicas, para assim obtermos um sucesso profissional ou até mesmo pessoal. Estamos sempre à procura de sermos melhores que os outros, e nos destacarmos em meio a todo esse sistema. A questão é que isso já está impregnado na sociedade, a própria ideologia criada pelo sistema estigmatiza isso na gente. E a partir do momento que pensamos só em um desenvolvimento próprio em relação às coisas chegamos ao ponto principal: O individualismo.
O capitalismo só é compatível com a liberdade individual, a propriedade privada dos meios de produção, visando assim objetivos de uma só parcela da população. Não tem como o sistema beneficiar todos, se seu principal objetivo é individualizar tudo. E então acabamos criando duas classes principais da economia capitalista: O proletariado e a burguesia. E é exatamente isso que acontece, o isolamento de pessoas, a individualização de soluções, e tudo isso beneficia o próprio burguês, que está sempre tendo lucro com a situação.
Mas como o ser humano chegou a ser tão individualista? A verdade é que o Capitalismo cria um ambiente favorável a isso. Aprendemos desde criança quando nascemos que o natal é a época de ganhar presentes, até o aluno de ensino médio de que deve estudar bastante para ter um futuro bom e um ótimo emprego (em parte isso é verdade, claro), no entanto, esse individuo quando pronto é jogado contra outros para disputar por um mesmo objetivo (poder aquisitivo) , iniciando um jogo de sobrevivência para ver quem se destacará, e ai que entra a ideologia capitalista de que o individuo deve progredir social e economicamente, não importando os artifícios que irá usar, ou caso não consiga será simplesmente descartado.
Muitos acabam aceitando o que lhe é imposto e se acomodam a ideologia, passando a agregar as próprias características capitalistas à sua visão de vida. E o que acontece? O sistema acaba manipulando o próprio ser-humano a acreditar que está tudo bem, a ter a ideia superficial de que ‘’pobre é pobre porque quer’’, a tornar-se cego e não perceber que a pessoas morando de baixo da ponte, a acreditar que ele não tem um dedo de culpa nisso e que é tudo culpa do governo, porque o sistema proporciona isso. Porque o sistema é movido pela própria desigualdade.
“O dinheiro é a essência alienada do trabalho e da existência do homem; a essência domina-o e ele adora-a.”
Karl Marx.
O ponto crucial está ai, criamos uma essência alienada. Nos tornamos meros fantoches de um sistema. E então, o homem rompe com os seus princípios e a essência, a real essência humana esvai-se.
domingo, 6 de novembro de 2011
Vivamente morta.
sábado, 29 de outubro de 2011
Apartado.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Clichê verdadeiro.
Eu observo tudo a minha volta e percebo que a cada dia que passa as pessoas vão mudando cada vez mais, prometendo verdadeiramente cada vez menos, e indo embora. Pergunto-me entre tantas pessoas que conheço, quais realmente irão permanecer? Quais fizeram realmente diferença em minha história? Sinto medo. Medo de perder elas. Aquelas que sorriem para mim todos os dias sinceramente e que mesmo com os meus defeitos, me acolhem, me seguram quando estou caindo. Essas sim, eu sentirei falta. Porque eu sei que um dia tomaram seus caminhos, e estarão longe. E então, quando isso acontecer, quem eu vou abraçar? Tenho receio do tempo, gostaria de controla-lo, para que assim o vento soprasse quando eu quisesse e as folhas caíssem quando eu bem entendesse. Mas não sei se teria a mesma graça, talvez tenhamos que mesmo nos agarrar ao tempo que possuímos com essas pessoas especiais, e viver os momentos que ainda nos restam. Sinto que falo como se fosse morrer amanhã, mas quando olho para essas pessoas hoje é como se a cada dia eu fosse perdendo-as, não quero que olhar delas se dissipe com o tempo, nem que o sorriso se corrompa. Eu quero elas por inteiro, quero elas pra sempre. Mas o pra sempre, sempre acaba.
Pois então, como não as terei para sempre, peço a elas que hoje seja o sempre. E mesmo sabendo que tudo isso aqui é um tanto clichê, eu deixarei os clichês tomarem conta de tudo, porque às vezes é necessário simplesmente dizer, mesmo que de uma forma nem um pouco inovadora, dizer como você as ama.
sábado, 1 de outubro de 2011
Iluminada.
domingo, 28 de agosto de 2011
Por ali.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Momentaneamente, só .
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
(...) aurora

Árvores de inverno.

De preferência alto.
sábado, 20 de agosto de 2011
Sexta-feira

quarta-feira, 27 de julho de 2011
Manchas.
E eu vos digo, novas machas acabaram de surgir, permeando minha vida de uma maneira tão estranha que nem consigo definir. Certas manchas me dão medo, de tão desconhecidas que são, mas intrusas já mancharam sem que eu vos pedisse. Mas de certa forma, são manchas tão interessantes de se ver, sentir, ouvir. Sim! Manchas falam! E como falam. Falam com seu enodoado, e nesse momento não coloque mancha como sinônimo de sujeira e sim de pureza. Porque elas purificaram, e eu lhes peço: Limpem, façam e causem.
Porém, algumas manchas são falsas, com o tempo somem ou logo que colocadas em água saem, essas eu retiro de cena, prefiro que não existam e que vão manchar a brancura de outra vida. Agora você, mancha nova, venha, fique e tome conta de tudo, manche-me por completo, e, por favor, seja uma mancha sincera.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Vontade.
Poderia falar de tantas coisas aqui, mas não consigo. No momento só desejo escrever o que eu quiser, e que isso se desenvolva como bem entender. Que as portas abram e o vento sopre, e que o texto, parágrafo, como quiser definir isso , torne-se uma junção de sentidos, vontades. Porque na verdade é isso que surgiu, uma vontade imensa de simplesmente escrever. Não me julguem, e não esperem um texto bonitinho como alguns outros dizendo sobre o que sinto ou deixo de sentir. Nesse momento eu só digo, e ponto.
É incrível como toda vez que estou ouvindo música a vontade de escrever nasce do nada, floresce sem que eu peça. E foi isso que houve agora. Gostaria desse momento de conseguir simplesmente dizer algo relevante para vocês, mas não consigo, será que uma vez na vida posso escrever sem regras sem imposições? Permitem?
Obrigado.
Sabe, quando fiquei doente e internada, conheci pessoas incríveis, e percebi como era bom estar com pessoas que não me julgariam por dizer o que eu quisesse, pessoas abertas a brincar, sorrir. Sinceridade. É isso que busco nas pessoas, mas nunca encontro. Eu sou sincera demais, e prezo muito isso. Mas por que digo isso no meio desse texto? Não sei. Porque deu vontade.
Acreditem, hoje não estou boa com as palavras, ou melhor, quase nunca estou. Mas de qualquer forma, escrevo, porque quero.
Quero que essa paz de espírito não finde, quero que sejam felizes, apesar de tudo.
E entendam, porfavor. Todos têm necessidades.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Um texto inacabado
Meus passos seguiam no encalço de Clair, chapinhando nas perturbações do caminho pedregoso — inumeráveis poças se estendiam diante de nós, um problema menos relevante quando tínhamos a fúria dos céus a nos despejar água gelada aos trambolhões.
A corrida infundada arrancou-me um bocado de energia e eu tive de parar. Molhado e enregelado até os ossos, não havia mais que fugir. — Espere, Clair! — E recostei, arquejante, numa parede próxima. O contato da pedra com minhas costas também geladas me provocou um tremelique, que foi logo acompanhado dum guincho. — Ah, quer saber? — eu disse, desvencilhando-me da construção e saltando da calçada, pronto a atrever-me bem no meio da viela — então deserta —, dando-me de todo à água celeste. — Como já estamos irreparavelmente molhados, que nos deixemos lavar por completo, não é? — Abri os braços a chamei-a com os dedos. — Venha!
Eu passei a caminhar paulatinamente sobre o chão irregular, sem sentir — ou, mais apropriadamente, sem me preocupar — os pingos que me rasgavam a pele, tão ardentes caíam.
Riamos para alto ainda, rodávamos acompanhando o vento, e deixávamos a chuva cair sem se preocupar com o resfriado que poderíamos pegar. Foi quando chegamos a um jardim, cheio de flores, eram lindas, permeadas por cores, sombras... E ele, em meio à chuva tornava-se mais bonito ainda, as gotículas caiam sob as folhas das arvores e eu me sentia tão bem, como nunca tinha me sentido antes. Era como se eu acabasse de entrar em um mundo subterrâneo, como Alice no País das Maravilhas. Como se eu e ele voltássemos a ser crianças, por um dia.
Era muito agradável o que o acaso nos reservava. Um jardim muito pomposo e diverso! Vi-me a sorrir dentro de uma pintura de Monet e, conquanto não houvesse sol, a paisagem parecia-me satisfatoriamente iluminada. Passeando entre uma sorte de flores que era um deleite, segurei o braço de Clair, pois ela caminhava com maior ligeireza — e, é certo, eu não desejava perdê-la naquela fatia de bosque. Encarando-a de frente, apontei para o caos de pétalas e cores. — De qual flor você gosta mais? — perguntei, eu próprio tentando encontrar minha favorita entre tantas belezas.
Sorri e disse — Gosto de todas. A coisa que mais amo nesse mundo são as flores. Sabe por quê? Porque elas não julgam ninguém e estão sempre abertas para serem tocadas. E você, querido? Hm Tem uma predileta?
Observando o local, olhei para o chão e encontrei um livro caído, tinha capa dura e preta, e era todo adornado com flores, mas engraçado, não possuía nada escrito dentro. Puxei-o para perto e disse: - Boris, o que é isso?!
Encarava as flores, absorto em suas sutilezas várias, descobrindo raridades a cada porção de espaço que o olhar varria. — De fato... Elas são bem gentis. — Sorri. Ante a pergunta de Clair, pus-me a ponderar por um instante sumário, no qual lancei as orbes por todo o entorno, como que para confirmar o que diria a seguir. — Gosto muito dos girassóis. — E apontei para um amontoado de flores amarelas ali perto. O contraste das pétalas solares com o centro negro era admirável... bem como o porte soberbo das flores. — São lindos, não?
Fui despertado de meus distantes devaneios a fitar girassóis com um chamado da garota. Levei alguns segundos para atentar para o que ela me indicava — um livro? Olhei para o objeto e quis pegá-lo. — Deixe-me ver... — Folheei-o sem interesse e o passei a Clair. — Hm, não deve ser nada importante. — Com um suspiro, volvi a atenção ao cenário.
Então o olhei com surpresa e disse - São raras as vezes que um livro não te interessa, Boris.
Observei o livro, estava realmente em branco, suas folhas eram antigas, mas possuíam algo de muito peculiar. Resolvi então fazer um pedido a Boris. –Boris, que tal escrevermos nele todas as nossas aventuras ou se preferir passeios por Paris, aposto que dará uma excelente história! O que acha?
Sorri e lhe passei o livro em branco, e completei: - Quanto aos girassóis, são lindos sim, é como se eles sorrissem para a gente, não? Queria lhe agradecer, por essa viagem maravilhosa que estamos tendo juntos. Hm
Virei-me bruscamente, afetando indignação. Disse, divertido: — Pois são igualmente raros os livros em branco, não é? — Sacudi a cabeça e estalei os lábios, em desaprovação. — Gosto de ler o que há para ler, ora essa! — Com uma risadinha, apertei o passo. Mal havia notado que a chuva cessara de cair... apenas o ar frio da noite fazia com que bailassem as fileiras de flores, tão delicadas quando genuínas bailarinas de carne e osso.
Estaquei em minha caminhada e voltei a Clair. — É uma boa ideia, mas... — Com uma sobrancelha arqueada, olhei com desconfiança para o insólito livro que minha companheira carregava. — Mas e se isso pertencer a alguém? Quer dizer, nós estamos em terreno particular. — Lamentavelmente, aquele deleite de jardim não era público (e não era nosso, tampouco!) — Não devemos nos apoderar de coisas perdidas dessa forma... — Transfigurado num adulto responsável e ganhando ares de bem refletido, apertei o braço cuja mão segurava o objeto misterioso. — Deixe isso aí.
-Sim, são raros e por isso mesmo não posso deixa-lo aqui, jogado! Boris, pode até me importar o fato dele ser de alguém, mas se é de alguém, é de uma pessoa que o despreza, ele está jogado! E é lindo! Adornado com flores, eu sempre quis um livro assim, e você sabe disso mais do que ninguém. Não vou deixa-lo aqui. Está decidido.
Agarrei o livro com força, sorri para Boris e pedi a ele com os olhos para me deixar ficar com o achado precioso. Continuei andando e observando o local, que chegava a me parecer mágico. Chamei Boris que estava um pouco atrás e perguntei: - Que tal brincarmos de pega-pega? -Dei risos altos. - Deve estar me achando uma completa louca, mas acho tão agradável correr entre as flores, por favor, vamos, vamos! -Pedia como uma criança mimada, mas estava trajando um vestido branco e usava uma flor vermelha no longo cabelo, nada remetia a uma criança além do meu olhar suplicando para começarmos a brincadeira.- –Será divertido, está com você! Coloquei o livro em um canto e comecei a correr.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Bitucas de cigarro.
Pior que poluir-se é poluir o mundo. Mas não tem mais jeito, os cigarros são necessários não é mesmo? Joga-los no chão também é. Poluir já tornou-se intrínseco ao ser-humano. Daqui a pouco o mundo só vai ser feito dessas coisas.
A um enfermeiro que não lerá isso.
Só queria dizer para você, que no final... Tudo dá certo.
Não sei porque estou dizendo isso, acho que é só porque quero.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Esboço.
O esboço é o começo, o meio e o fim.
O esboço é ir contra qualquer paradigma e simplesmente tentar traçar as primeiras linhas de um novo quadro.
E nesse momento é isso que estou fazendo, um bosquejo de um projeto inacabado.
Mas esse projeto é diferente, é formado por uma junção de esboços.
Uma gama tão imensa de cores, sons, tentativas, que até me perco...
Me perco dentro das entrelinhas que formam o esboço chamado vida.
Nesse momento, sinto que não devo usar a palavra sinto, porque ela já está tornando-se praxe em meus textos, então eu direi: Desejo e não sinto, eu desejo que esse esboço nunca se torne um texto concreto, e que ele siga em frente conseguindo a cada momento traçar uma nova linha, que ele mude, faça e refaça. Que ele seja.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
O despertar da primavera.
Passáros voam
O vento canta
E a água corre entre as folhas
Respiração viva
Pulsante. Entra em meus pulmões
E purifica-os
Sinto um caláfrio das pontas do dedo do pé
Até o último fio de cabelo.
Sorrio e já nem sei porque
É uma felicidade pura, sincera.
Pois é, acho que a Primavera chegou.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
domingo, 12 de junho de 2011
''Vomitei'' ao ver isso .

Meu, por mais que eu não tenha embasamentos científicos para falar a respeito dessa foto, e esteja me baseando apenas em conceitos subjetivos e opinativos, eu digo logo de principio: Achei essa foto ridícula.
Não só a foto , mas o significado em sim. Como assim taxar a posição de seus melhores amigos? Meu Deus do céu, não sei se isso é infantilidade ou burrice mesmo, mas talvez uma junção das duas. Sei que serei super criticada por esse post, porque metade das pessoas que usam o facebook postam fotos desse genêro, mas passando por esse facebook e vendo isso, foi impossível não escrever.
Acham mesmo que podemos classificar nossas amizades, como se cada amigo fosse um troféu ganhado? Posso até estar sendo radical, mas para mim não precisamos de fotos toscas como essa para expressar nossa amizade por determinadas pessoas, muito pelo contrário devemos fazer isso de outras maneiras. Ninguém é objeto de ninguém.
Essa foto é a marca de uma mente corrompida, fútil e mais que isso: Sem essência.
Obs: Se liguem no primeiro amigo, ele tem até uma coroa, nossa que coisa maravihlosa não? Ele é o mais amado, venerado amigo dessa garota que postou a foto. É o rei, gente. ¬¬
Acordada.
Mas hoje sei que meu corpo entrelaçou-se com minha alma e pediu à ela: Paz, calmaria e equílibrio vivente.
Obrigado, querida alma, você me salvou.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Grão, granola.

Eram vários, uma junção de pequeninos grãos formando o composto chamado granola. Frutas cítricas, castanha e o próprio grão.
Era agradável colocar os dedos no pote e pegar um punhado do tão bom alimento.
O sabor não era doce nem amargo. Neutro. E é disso que eu gosto, de momentos neutros que ainda assim podem proporcionar tanta felicidade.
Fico imaginando, se fossemos formados de grãos, uns seriam grãos grandes e imponentes, outros pequeninos e delicados e teriam aqueles que desmontariam-se com um leve tocar de ponta dos dedos.
Agora eu sou um grão, forte e fraco, bom e ruim. Um grão em meio à outros, que ao tocado ouve-se o farfalhar dos outros que estão próximos- suave e barulhento, porém, era um barulho gostoso de ouvir. Tudo compactado, em um só pote.
Um grão mordível, mas que por vezes pode te fazer quebrar os dentes. Não sou um grão classificado, nem feito em industria. Longe de ser rotulado. Sou o grão da terra, o grão puro, o grão-menina...
domingo, 15 de maio de 2011
O Pouco Que Sobrou
Los Hermanos
Composição : Marcelo Camelo
Eu cansei de ser assim
Não posso mais levar
Se tudo é tão ruim
Por onde eu devo ir?
A vida vai seguir
Ninguém vai reparar
Aqui neste lugar
Eu acho que acabou
Mas vou cantar
Pra não cair
Fingindo ser alguém
Que vive assim de bem
Eu não sei por onde foi
Só resta eu me entregar
Cansei de procurar
O pouco que sobrou
Eu tinha algum amor
Eu era bem melhor
Mas tudo deu um nó
E a vida se perdeu
Se existe Deus em agonia
Manda essa cavalaria
Que hoje a fé
Me abandonou
Tem gente hipócrita,
Suja,
Nojenta,
Canalha,
Aproveitadora,
Imbecil,
Falsa,
Vulgar,
PARE
de julgar,
de falar por falar,
de mentir,
APRENDA
a dizer,
a ter boa fé,
a buscar ao menos o resto de valor que dá a vida, e...
MUDE
suas atitudes,
seus pseudos-discursos,
seu pérfido olhar,
Que sua aleivosia MORRA.
E nesse momento eu vomito toda a minha raiva por saber que tem gente que não se importa com o outro. Ou melhor, que finge se importar.
sábado, 14 de maio de 2011
Café sem leite.

Ele estava forte, quente, mas ainda assim com açúcar -pois o que seria dele sem uma doçura cristalizada?
Caneta em uma mão. Copo descartável vazio. Mordo o lábio inferior e sinto ainda um leve gostinho adocicado, aumento o volume da música e sinto o tocar do violão, meu corpo intuitivamente começa a balançar em um ritmo leve, acompanhando cada nota. As pálpebras fecham-se e deixo que a calmaria momentânea tome conta do meu ser, sinto o ar entrando em meu pulmão e penso no que escrever.
O som cessa, meus olhos abrem sem que eu peça a eles e eu vejo a vida nitidamente, como ao abrir uma janela e ver o raiar do dia, eu vejo a beleza de cada suspiro, cada passo dado, cada momento...
Duas moças conversam à minha frente, mas só enxergo os lábios abrindo e fechando em uma frequência pautada, soltando provavelmente palavras comuns.
Agradeço por estar nesse instante conseguindo tocar na caneta e desacolchetar a tinta azul que ela possui.
Que venham mais cafés, sem leite e com muito açúcar.
terça-feira, 12 de abril de 2011
A brisa do novo dia.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre."
Bruna Lombardi.
E como, como me identifico.
O desconhecido.
Então, nesse momento leitor, pergunte-se: O que é conhecer? Quantas pessoas você realmente conhece?
Independente dos clichês, se você tiver uma convicção própria de que deve tentar conhecer o "real-desconhecido" siga em frente, e mesmo com a timidez, o receio: Conheça. Porque essas chances só aparecem uma vez na vida, portanto, entregue-se ao desconhecido como se ele fosse seu amigo de infância, traga-o para si, permeie as entranhas daquele ser, e quando menos esperar estará: Conhecendo, andando, sentindo, falando e acima de tudo: Tocando. Tocando a singular essência do tão distante desconhecido.
Ps: Dedicado à alguém que me proporcionou uma boa conversa sobre as ideias colocas no texto. E mais, para alguém que pouco conhece de mim, e que tem muita muita coisa para mostrar. Para alguem que às vezes soa como o desconhecido em pessoa. Mas a questão é exatamente essa : Conhecer a mais profunda essência do próprio desconhecido.
sábado, 19 de março de 2011
Nada sai, as palavras estão engasgadas, ouço um burburinho de vozes e minha mente se enche de dor. Calafrios até o último fio de cabelo preto. Estava escurecendo, e na penumbra da dor resolvi sair, visitar mundos distantes. (...)
[Em breve continuarei o texto. Escrito em um dia tão peculiar, que eu nem lembro quando foi. Um achado em meio a todos os outros resquícios de papel em minha agenda.]
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Que?
Eu não desejo um produto
Nem mesmo etiquetas
Não quero o lucro,
Surto.
Que cada nota seja picotada,
Que o sistema afogue-se,
Que o fogo queime
Toda a hipocrisia.
Que ele não exista.
Que ela cure.
Que eu viva.
Que?
Que exista amor.
Onde?
Leve.
Forte.
Grilo canta.
Galo dorme.
Eu acordo.
Lua acende.
Árvores ouvem.
Terra sente.
Longe.
Onde?
Em qualquer lugar.
Obrigado.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Segundos.
A porta abriu. Entrei rápidamente com medo de perder o metrô. Sentei no primeiro banco que vi vazio. Abri o bolso da frente da mochila e peguei o mp4 , coloquei The Calling, sim eu precisava deles naquele momento. Olhei para o lado distraida e logo em seguida para o banco da frente, e vi ele. Normal, completamente normal. Mas era comum demais para não possuir nada além de aquele rosto agradavel. A questão é que era um comum diferente, estranho não? Mas era um comum permeado de mistérios.
Obervei-o, foi quando ele me viu. Olhou-me com intensidade e desviou o olhar. Acho engraçado como as pessoas têm medo de trocar o mais profundo olhar com um desconhecido. Acredito que embora seja só um olhar, e só um desconhecido, isso diz muita coisa. E naquele momento disse. Tentei me concentrar na música, mas era impossível. A todo momento que olhava-o era reciproco. Comecei a bater com os dedos levemente sobre minha mochila, e por algum motivo sorri - de uma maneira singela, completa e graciosa. Ele viu. E deu uma risada como de quem não quer nada, como se ele estivesse viajando pela vida. As perguntas passavam-me pela mente: ''Da onde ele veio? Como será que ele é? Qual seu nome?'' , fitei ele com mais intensidade do que da primeira vez, e nesse momento foi diferente, ele não desviou. Olhou-me, como se aquele ato fosse retirar todas as informações que desejavamos saber. Ouvi um som que me incomodou. Era a próxima estação. Pensei: ''Ele tem que descer aqui. Tem que.'' E sim, ele desceu.
Ele e muitas outras pessoas, loiras, morenos, altos, baixos, magros, gordos, cada qual com suas peculiaridades. Nosso passos foram dados juntos, tentei não perde-lo em meio a tanta gente, mas era impossível. Subi na escada rolante, ele estava do meu lado. Mas que vontade, que vontade imensa de dizer algo, e eu sabia que ele sentia o mesmo. O problema é que somos humanos, e nesse instante eu odiei ser comum, seguir padrões e me esquivar de dizer um simples: Tudo bem? A escada chegou ao fim. Um segundo. Dois segundos. Três. Quatro. Ponto. Perdi-o. Ele virou a esquerda e eu continuei, meus passos eram tão lentos como os dele, olhei para trás e foi a última vez, a última vez que obtive aquele tão sincero olhar. E só nesse momento percebi o que tocava no mp4, era: All you need is love. Peguei um laço vermelho da bolsa, prendi o cabelo e continuei andando, como mais uma transseunte em meio a regras, números, pessoas.. Mas percebi que não , eu não era só uma garota andando em meio ao mundo.
Eu era alguém que deu a importância devida a um olhar, que mesmo desconhecido dizia-me muita coisa.
E isso sim , minha gente, é amor.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Tudo.
Exergue-me
Beije-me
Toque-me
Abrace-me
Viva-me
Esteja-me
Consiga-me
Proteja-me
Clareie-me
Toma-me
Sem superficialidade.
Porfavor, preencha minha alma.
E arranque de mim o que desejar.
Sugue.
Quero sentir outro alguém comigo, quero estar por inteira e não pela metade. Quero chorar por quem valha a pena, quero sofrer por algo melhor.
Quero tudo, menos você.
As palavras só estão sendo jogadas aqui. Sepulte-as.
Sugue isso, como se fosse o único copo de água de sua vida inteira, porque será a última gota do meu ser que você possuirá.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Tarde de dezembro.
Era uma tarde de dezembro. A vida corria como um relógio pulsante, o mundo girava e as flores brotavam. Peguei um café forte, abri um jornal e comecei a folheá-lo, via os horrores que aconteciam no mundo, cada morte e cada assassinato, era cruel e frio ver tudo aquilo.
Abri em uma página sobre um acidente de carro, em que o único sobrevivente foi uma criancinha de 4 anos. Fiquei estática, paralisada, a angustia era tanta que não conseguia falar, observei bem a imagem da criança, meu olhos de um negro intenso estavam semicerrados e nem as lagrimas conseguiam sair. Era uma criança linda, de cabelos escuros cacheados, pele branca como uma flor de hibisco, graciosamente menina. Meu coração pulsava aceleradamente, e foi nesse instante que vi a foto do lado direito da página, dos pais da criança. Eles eram meus. Meus pais. E a sobrevivente minha irmã. Fechei o jornal e vomitei sem parar, meu estomago doía demais. Dei um grito extremamente alto e rasguei o jornal com tamanha voracidade.
A campainha tocou, eu não atendi. Depois de um segundo, resolvi abrir a porta.
Um novo jornal acabará de chegar. Olhei o relógio e vi que já era o do dia seguinte.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
→Ficar rabiscando alguma coisa enquanto fala no telefone;
→Ter que estudar para prova mas ao inves disso está na net;
→Todo fim de ano, dizer que o ano passou rápido;
→Receber a prova, dar uma lida rápida por cima de todas as questões e pensar: FODEU!
→Responder: “Não” quando alguém te pergunta “Tudo Bem? só pra ter assunto pra conversa;
→Sempre quando está jogando vídeo game em uma parte muito importante sentir coçar o braço/nariz;
→Falar para a mãe do meu amigo, que estava sem fome, mas estava com muita fome;
→Apagar tudo que estava escrevendo, quando vê que a outra pessoa está digitando alguma coisa no MSN;
→Ter sempre a última folha do caderno rabiscada;
→Ficar comendo milho que sobra da pipoca;
→Fazer moicano, no banho, com o cabelo cheio de espuma;
→Lamber os dedos sujos de Doritos;
→Sair do banho, notar que esqueceu a toalha e ficar gritando: 'manhêê'
http://www.orkut.com.br/Main#Community?rl=cpp&cmm=100938011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
sábado, 22 de janeiro de 2011
Mas as segundas chances existem. E só não existem se você não quer ser feliz.
Amo-te.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A sensação é a seguinte: estar no cinema assistindo a uma colagem de questões intelectuais, angústias humanas, romance policial, cenas da guerra fria, loucuras do sonho. Talvez seja o melhor da obra de Rubem Fonseca, e não sou a única pessoa a afirmar isso.
Decididamente, ler Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos significa não conseguir parar um minuto sequer. É enxergar a vida e as situações cotidianas do homem dentro de uma ótica cinematográfica, na qual é necessário que haja uma lógica concisa e eficiente. Os personagens devem ser sempre muito bem definidos, suas ações delimitadas, seus sentimentos delineados para que o público capte "o quê o diretor quis dizer". E é aí que se encontra a confusão.
A história de um cineasta-narrador que se envolve com uma história de pedras preciosas e assassinato, ao mesmo tempo em que começa a ler os contos do judeu soviético Isaak Bábel. A tentativa de transformar tais contos em roteiro para sua nova produção, junto aos seus confusos sentimentos e amores acaba em uma mistura da lógica racional da linguagem cinematográfica, à completa falta de lógica da linguagem inconsciente dos sonhos e a tentativa de adaptar a linguagem literária à uma realidade. E então, qual a mensagem que deve ser passada? Há algo que deve ser passado? Como organizar as vastas emoções sem deixar com que se percam em pensamentos imperfeitos?
Rubem Fonseca não fornece respostas, mas incita questões - questões essas que valem muito a pena.
Retirado do site: http://www.mood.com.br/literatura/11.asp
Gente, sério, eu estou ainda no meio do livro e já me apaixonei por ele!
Uma história mágica, para ser lida e relida.
sábado, 15 de janeiro de 2011
Bem-vindo ao mundo.
O que é o tempo para você?
É exatamente o que queríamos tratar nessa instalação feita no colégio Guaracy Silveira, por mim (garota da foto), Kaio Cassio, Érica Gonçalves e Beatriz Sugai.
Como o tempo pode ser usado de maneira cruel, não é mesmo?
Essa garota, estática , olhando para uma Televisão, que sim , como você vê, está desligada. O que vem a sua mente observando essas fotos?
Para mim, vem a perda da mais preciosa vida. É como se ela estivesse tentando enterrar todas as suas angustias e perdas vendo uma televisão, alienando-se diante das imagens manipuladoras.
Ela está morrendo, morrendo aos poucos, pois está perdendo a razão de viver. Falando superficialmente, o relógio representa a passagem do tempo, a flor murcha brotando dele a morte e as folhas secas, novamente, a passagem do tempo.
Mas a interpretação vai muito além disso, é uma interpretação pessoal, única de cada individuo. Tenho plena certeza que cada um que sentou ao meu lado nessa instalação teve uma sensação. O que eu senti?
Bom, aquele som do rádio que ficava tocando no fundo, aquele chiado era perturbador, e o fato deu estar olhando fixamente para uma tv desligada me angustiava. Naquele momento eu não era mais a Inaiara, era parte da instalação , e acredite , se você sentiu-se mal, para mim foi mais difícil ainda. Fazer um papel do qual eu discordo totalmente não foi fácil. Estática , quieta e olhando para o único objeto que havia ali várias coisas vieram em minha mente. Comecei a pensar na minha própria vida e nas minhas próprias alienações...
E percebi que as vezes eu me importo tanto com certas coisas, e potencializo tanto elas que acabo sofrendo, tem certas coisas na vida que devemos relevar, ou ao menos lidar com elas não como se fossem sérios problemas e sim ''só mais um simples desafio'' , contraditório, não é? Mas é isso mesmo, caro leitor, é exatamente isso, devemos enfatizar o lado bom da vida, sabe, e entender que a vida não é só adornada com flores , que ela possui espinhos também, espinhos que por hora machucam, ou até mesmo nos atinge de uma maneira tão intensa a ponto de sangrar.
Mas nunca devemos esquecer que todo corte sara.
Devemos viver e aceitarmos os caminhos que são colocados no meio da trajetória. Nunca devemos perder a nossa especial essência humana.
E eu, bom, eu acabei de pegar uma curva...
Porque as vezes devemos sair da estrada principal.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Alguém como você.
- É só abrir o link em outra janela e ouvir-
Ah, eu precisava tanto de você. Alguém exatamente como você. Inexperiente como eu, ou melhor, com experiências que não deram muito certo. Alguém que pudesse retirar toda a minha angustia com um só tocar de lábios.
Observo-o, a cada sorriso percebo que tem tanta coisa ai dentro, tanta coisa que eu desejava poder sentir. Você me parece uma pessoa tão incrível, que tem tanto a oferecer ao mundo...
Mas, por quê?
Por que não posso tê-lo ao meu lado?
Foi tudo tão rápido, não é mesmo?
E aqui com minhas meras palavras lhe peço perdão por ter sido tão precipitada. É como se o meu sentimento tão incerto e certeiro naquele momento tivesse entremeado ansiedade, angústia, desejo de um novo amor. Talvez seja pedir demais, mas era exatamente o que eu queria: Um novo amor.
E agora, ouvindo-o novamente, depois de tanto tempo, porque sim, para mim um mês foi como anos, anos em que eu poderia ter dito apenas uma palavra, anos perdidos, anos em que poderia ter me tornado uma grande amiga.
Sabe, eu nem sei mais o que quero. Mas uma certeza eu tenho, independente de como for eu quero ter a oportunidade de lhe fazer feliz.
Feliz aniversário adiantado.
Que ele soe como um solfejo: leve, calmo e pronto para ser ouvido.