quarta-feira, 18 de maio de 2011

Grão, granola.


Eram vários, uma junção de pequeninos grãos formando o composto chamado granola. Frutas cítricas, castanha e o próprio grão.
Era agradável colocar os dedos no pote e pegar um punhado do tão bom alimento.

O sabor não era doce nem amargo. Neutro. E é disso que eu gosto, de momentos neutros que ainda assim podem proporcionar tanta felicidade.
Fico imaginando, se fossemos formados de grãos, uns seriam grãos grandes e imponentes, outros pequeninos e delicados e teriam aqueles que desmontariam-se com um leve tocar de ponta dos dedos.

Agora eu sou um grão, forte e fraco, bom e ruim. Um grão em meio à outros, que ao tocado ouve-se o farfalhar dos outros que estão próximos- suave e barulhento, porém, era um barulho gostoso de ouvir. Tudo compactado, em um só pote.

Um grão mordível, mas que por vezes pode te fazer quebrar os dentes. Não sou um grão classificado, nem feito em industria. Longe de ser rotulado. Sou o grão da terra, o grão puro, o
grão-menina...

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