sábado, 15 de janeiro de 2011

Bem-vindo ao mundo.

Como a imagem diz: Sente-se.


Tempo. Tempo. Para, corre, anda , desanda, escorre.

O que é o tempo para você?

É exatamente o que queríamos tratar nessa instalação feita no colégio Guaracy Silveira, por mim (garota da foto), Kaio Cassio, Érica Gonçalves e Beatriz Sugai.

Como o tempo pode ser usado de maneira cruel, não é mesmo?

Essa garota, estática , olhando para uma Televisão, que sim , como você vê, está desligada. O que vem a sua mente observando essas fotos?

Para mim, vem a perda da mais preciosa vida. É como se ela estivesse tentando enterrar todas as suas angustias e perdas vendo uma televisão, alienando-se diante das imagens manipuladoras.

Ela está morrendo, morrendo aos poucos, pois está perdendo a razão de viver. Falando superficialmente, o relógio representa a passagem do tempo, a flor murcha brotando dele a morte e as folhas secas, novamente, a passagem do tempo.

Mas a interpretação vai muito além disso, é uma interpretação pessoal, única de cada individuo. Tenho plena certeza que cada um que sentou ao meu lado nessa instalação teve uma sensação. O que eu senti?
Bom, aquele som do rádio que ficava tocando no fundo, aquele chiado era perturbador, e o fato deu estar olhando fixamente para uma tv desligada me angustiava. Naquele momento eu não era mais a Inaiara, era parte da instalação , e acredite , se você sentiu-se mal, para mim foi mais difícil ainda. Fazer um papel do qual eu discordo totalmente não foi fácil. Estática , quieta e olhando para o único objeto que havia ali várias coisas vieram em minha mente. Comecei a pensar na minha própria vida e nas minhas próprias alienações...


E percebi que as vezes eu me importo tanto com certas coisas, e potencializo tanto elas que acabo sofrendo, tem certas coisas na vida que devemos relevar, ou ao menos lidar com elas não como se fossem sérios problemas e sim ''só mais um simples desafio'' , contraditório, não é? Mas é isso mesmo, caro leitor, é exatamente isso, devemos enfatizar o lado bom da vida, sabe, e entender que a vida não é só adornada com flores , que ela possui espinhos também, espinhos que por hora machucam, ou até mesmo nos atinge de uma maneira tão intensa a ponto de sangrar.
Mas nunca devemos esquecer que todo corte sara.

Devemos viver e aceitarmos os caminhos que são colocados no meio da trajetória. Nunca devemos perder a nossa especial essência humana.

E eu, bom, eu acabei de pegar uma curva...
Porque as vezes devemos sair da estrada principal.

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