quarta-feira, 16 de outubro de 2013

o amor no tempo de cólera
amor no tempo da pressa
amor no tempo da dança
amor no tempo do estar
amor no tempo da saudade

ah, o amor!
esse que deu literatura
deu pintura
e samba a dois
deu vontade de viver
deu querer e não querer

ah, o amor!
saudoso moço
que amarra as pessoas
ou nem moço
é sem sexo
é amor
é de todos

-ele adora puxar cada um de nós- safado!

talvez
seja uma das únicas coisas
que não se precisa mendigar
ele brota
como amora em pé novo
ou criança aprendendo a andar
como preencher o vazio
de todos os dias
dias preenchidos por tanto tanto
dias que se enquadram ao sistema
e se enroscam cada vez mais
nas convenções diárias
e eternas
e catárticas.

e no fim
o amor
nos escapa pelas mãos
porque ele adora ir e vir
mas ele sempre
sempre
estará
em
cada
pedacinho
de nós.

-desculpem-me os pessimistas, mas não tem como fugir.-

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