quinta-feira, 17 de outubro de 2013

-é visceral, é inteiro, é tão grande dentro de mim, que às vezes penso que vou explodir-


Com toda a certeza é absolutamente confuso como as palavras perpassam em meu coração. Como se elas fossem parte de mim, parte de cada pedaço do meu corpo. Esse corpo dramático, que mergulha em absolutamente tudo que sente. Esse corpo que sintomaticamente tenta passar amor. Sintomas. Será mesmo sintomático? Não. Não falamos de doença. Há quem diga que o amor é doença crônica. Pois bem. Não sei sobre o amor. Nunca soube amar direito. Não sei sobre tanta coisa. Mas sei que já senti. Que sinto todos os dias quando abraço um amigo querido ou quando deixo minha irmã na perua e vejo ela da janela me acenando tchau com um sorriso enorme de sete anos. Ou daquela vez, que achei que ia morrer depois que terminamos e eu me vi te magoando. Ou quando fui no parque e ensinei um grande amigo a girar o mais rápido que conseguisse, cair na grama e olhar pro céu. Ou quando tantas coisas! São tantas! Às vezes me pego lendo os meus textos e vejo que falo tanto sobre amar. Cheguei a intuição de que talvez eu fale tanto disso, justamente, porque quando leio minhas palavras, o entendo melhor. Entendo melhor toda essa montanha de dizeres que existe dentro de mim. Gosto do mundo. Apesar dos pesares, sim, sempre gostei de cada cantinho que ele tem a oferecer. A gente sabe, que é um balaio bom.

Nunca saberei estar pela metade. Dizer meias palavras, te abraçar pensando no fim. Porque no fundo,

bem no fundo

eu sempre acreditei no amor.

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