segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Sobre o Congresso da UNE.

Boa tarde, galerë do Juntos! e todos os outros que estão lendo isso aqui. Curso Letras – USP e venho aqui relatar a minha experiência como caloura de São Paulo no meu primeiro CONUNE. Primeiramente gostaria de agradecer pela garra que cada um aqui teve, pela força de seguir sempre em frente, apesar dos pesares. 

Diria que fiquei emocionada com aquela bancada vermelha que vem crescendo cada dia mais, e mais emocionada ainda por ter encontrado o lugar certo pra atuar politicamente. Como já disse várias vezes (até mesmo na plenária do Juntos no congresso) o contato mais próximo que eu tive com movimento estudantil foi no Ensino Médio que cursei na ETEC Guaracy Silveira, e embora já tivesse uma grande noção da conjuntura politica brasileira nunca achei que fosse encontrar um coletivo no qual eu me identificasse tanto. 

Queria relembrar o que muitos companheiros já disseram aqui: Não importa a quantidade de crachás amarelos que a UJS levantou, números pra mim pouco importam quando vejo uma unificação de pessoas que vão contra essa entidade completamente atrelada ao governo, entidade que leva pessoas ao congresso de forma completamente despolitizada convidando-as para festas. Cadê a UNE nas ruas? É dessa entidade que falo, essa que não temos medo de dizer que: NÃO NOS REPRESENTA. 

Ver a bancada da oposição tão cheia só me deu forças pra continuar ativa diariamente na luta por todas as pautas que sabemos que devem ser concretizadas, como a luta contra o aumento da passagem, contra o machismo, homofobia; por uma universidade de fato pública que abarque gente de toda cor e todo gênero, enfim, entre muitas outras. E são nesses momentos, momentos em que vejo a maior bancada da Oposição de Esquerda desde 1999 que tenho certeza absoluta de que a maré já virou! E continua virando, a cada dia. Não é a toa que dizemos que OCUPAMOS a politica, porque é assim, ocupando lugares como o CONUNE, ocupando as praças, saindo as ruas que mudaremos os rumos desse país!

Tenho orgulho de ter feito parte disso. Obrigada. E sabe, termino isso aqui com uma frase que diz muito a respeito da gratidão que tive em ter contato e dialogar com gente do Brasil inteiro que tem princípios tão comuns aos meus:
“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.” Che Guevara.

E tem também Bertolt Brecht que diz “O amor é a arte de criar algo com a ajuda da capacidade do outro.” E o que eu mais vi na oposição de esquerda desse congresso foi isso, foi amor das pontas dos pés até o último fio de cabelo, amor por uma causa, foi concisamente: A arte de criar algo juntos.

04/06/2013

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