domingo, 28 de julho de 2013


Chorei minha vida inteira. Sai da minha mãe abrindo o bocão. 7 meses. Apressada desde sempre. Já vou adiantando, sou uma chorona nata. Chorei quando cai da bicicleta. Quando apanhei. Chorei quando minha irmã nasceu, oh, mas esse choro foi tão tão feliz que eu nem conseguia falar de tanta alegria permeando meu coração! Chorei quando vi Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Chorei quando minha amiga morreu de câncer e quando mais algumas pessoas próximas se foram. Chorei de amor por gente babaca. Chorei ao ver minha irmãzinha de 7 anos pedindo pra eu não ir pra faculdade que ficava longe de SP. Chorei por isso por aquilo.
Que eu saiba, só escrevi um texto que fez alguém chorar... Era sobre meu avô. E o Gui deixou umas lagrimazinhas saírem. 
Chorei inúmeras vezes.
Eram bonitas. Pequeninas e deixavam minha bochecha rosada quando eu era guriazinha. Não sei se era o sal ou se era a natural coloração da pele quando cai lágrima. Só sei que não era tão ruim. Aliviava. Espirituosas essas gotas!

Passei por muito chorar.

Ei.

Nunca mais. Desde que ele se foi. Desde que ele se foi, chorei uma vez. E bem, acho que chorei tanto, desfalecei-me inteira, que cheguei a achar que meu corpo era de água.
Foi a última vez.

Depois disso, acho que não restaram mais lágrimas dentro de mim.

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