quarta-feira, 3 de julho de 2013

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Bêbados. Mas não daqueles bêbados trajados na graça e que te fazem ficar feliz. Não. Essa é a história de um bêbado ruim. Daquele que ia trabalhar, tinha duas filhas, era bonito e era uma boa pessoa. Mas bebia. Bebia tudo que vinha pela frente. E não obtinha controle sob nada. Álcool goela a baixo, até os olhos não enxergarem mais a beleza do mundo. Tudo distorcido. Aquele bafo nojento. Pútrido. Tudo borbulhava dentro de mim, eu tinha vontade de manda-lo pra bem longe. Pruma redoma de álcool, bem bem longe de mim. Não conseguia acreditar que um homem pudesse atingir aquele nível. O nível ruim do vicio. O nível que causa desprazer. Nem amor tinha. Não tinha nada. Era só um corpo vazio, cheio de álcool. Um corpo vazio que nem sabia mais onde estava. Não tinha mais os olhos bondosos que eu havia visto no momento em que ele estava sóbrio. Eu gritava: Cadê, cadê você? Não te conheço mais! 
Não tinha mais amor, nem sabedoria. Havia perdido tudo pra bebida. E estava me perdendo também. 

Ponto.

Era só um corpo, um corpo que não assumia que estava doente.

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