sábado, 27 de julho de 2013

a(mar), ah mar!

Vejo o sol mostrando-se bem de mansinho, com carinho ele diz:
-Oi guria!

Sorrio.

O vento também chega e me abraça, esse era permeado de desejos , trazia-me um frenesi danado!

Depois veio o mar, eita mar gostoso! Me revirava inteira, aquelas ondas sorrateiras. Eu e o mar nos demos muito bem, tivemos bons dias de amor, paixão, doce vontade de se encontrar no novo. Digo, no outro. 
Até que , o mar entrou em ressaca, e eu... Bom, tive que me despedir daquele que me trazia pulsação. Naquela noite, últimas de tantas desejadas, me despi e deixei que o mar tomasse conta de tudo, banhei-me das pontas dos pés até o último fio de cabelo. Minhas lágrimas fuzilavam-me a alma, como grandes gotas salgadas tomando conta dos poros do meu corpo, e eu já nem sabia o que era água de mar e o que era água de dor.
Não havia nada além de nós dois. Juntos. Tornando aquilo cada vez mais difícil de deixar para trás. Até que percebi que estava me afogando em minhas próprias lágrimas que mesclavam com as ondas do mar. E foi então, que o vento -sim, aquele cheio dos desejos!- Foi então que ele tocou em meus braços, desceu para as mãos e puxou-me.
Eu chorava.
O vento me virou de costas, abraçou-me de mansinho e foi me levando com ele. Tentando dizer algumas palavras bonitas pra ver se acalentava o coração.



E desde então,

eu nunca 
mais 
vi o mar.

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