poluição
sonora
de palavras
poeira
sonora
de palavras
pálpebras
fecham-se lentamente
conforme as palavras tontas
escorrem na sonoridade
que martela a cabeça
da moça
que amou demais
mas ainda
não aprendeu a amar
que viveu demais
mas ainda
não aprendeu a viver
que poeta nunca foi
pois seus versos
são como cinzas
provindas do fogo ardente
que pulsa dentro dela.
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