sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

solitude

o mundo desaba por todos os lados em que escorrem as lágrimas salgadas provindas da não confiança.
não confie no mundo.
não confie nem mesmo em você
porque nós humanos, somos capazes de fazer as piores burrices.

o mundo é só.
cada um no seu corpo corrido da rotina.

o mundo agora,
sou só eu.
escorrendo em lágrimas espasmódicas.

não seja ingênua moça,
não há amor no mundo

a bomba de hiroshima está em cada um
explodindo dentro de nós e esparramando para o outro
o outro que não enxergamos e que morre por dentro,
como nós.

dentro do quê?

adentro
em cada palavra confusa
das bombas explosivas que pairaram por aqui
e vejo que não existo 
em mim

e você também
não existe pra ninguém

e somos todos uma montanha de corpos escassos
que vivem só

e não há poesia que salvará dessa vez.

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