Bocas famintas de palavras inteiras.
Corpos escassos com abraços calados.
Danças escuras em baile cansado.
Dores passadas que não querem sumir.
Flores amargas que não querem viver.
Vidas compostas que não vão ajustar.
Noites inteiras pensando no mundo
cores mal-feitas pra tudo que há
muitas palavras
não cabem aqui
tantos poemas
não sabem falar
arte perfeita
não vai existir
só uma poeta
ao mundo olhar.
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