quinta-feira, 9 de outubro de 2014

''Got no one to call your own
Got no place to call your home''


Você nunca vai entender o que um ''Te amo'' representa pra mim. Muito menos o motivo que me levou a escrever sobre um ''Te amo'' dito por você... Por alguém que eu também amo. Caso contrário, saberia a importância que aquele texto tinha. E eu não precisaria perguntar ''Você leu?'', horas depois de ter enviado, pra que só assim você dissesse algo. Algo como: Obrigada.
Não tem como a gente escolher a reação das pessoas perante nossa demonstração de afeto. E nem seria bom escolher. Nem justo.
Mas eu já nem sei mais o que é justo nesse mundo que se perde na correria diária e esquece das singelas ações que fazem toda a diferença. O relógio, as brigas, os desequilíbrios controlam mais que o amor. O tempo que não é seu. O tempo que te controla. Em tempos de extrema falta de atenção pergunto-me o que fazer quando as lágrimas enchem-me os olhos e me sinto só. Quando escrevo um texto como esse, um poema desabafo, ou qualquer maltrapilho de palavras que expõe o quão estranha sou. 
Ainda assim, eternizo algo em palavras e você mal percebe que não coloco qualquer pessoa no poema. E você mal percebe que faço de nós poesia. E mal percebeu que naquele texto eu perdi o medo do fim, eu já nem pensava mais nele... Além disso, havia todas as pequenas palavras que tentavam dizer sobre meu afeto absurdo por ti. 
E. Desatenção. Distância. Surge. Some. Uma fração de segundos e o relógio já volta a pulsar. 
Me sinto tão só.
Tão só que só de pensar
dói. As palavras lacrimejam junto aos meus olhos
e perdem-se no redemoinho interno que não sabe mais escrever. Nunca soube. 
Só sabe de afeto virando palavra e palavra virando afeto
e em nós,
tem faltado afeto virando palavra
como o texto que eu te dei
e você nem notou direito
o quanto de afeto virando palavra
havia ali.

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