a rotina nos prende
nos come
nos fala: corre! anda! compra! faz!
a rotina chegou
e tirou-me o tempo
pra fazer poesia
mas ainda há aqui
a poeta sedenta
por palavra
que grite
mais alto que o tempo
sem cronometro exato
sem horário marcado
a palavra pulsante
chega do nada
pedindo perdão
pela poesia falante
que está em falta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário