quinta-feira, 9 de outubro de 2014

a rotina nos prende
nos come
nos fala: corre! anda! compra! faz! 
a rotina chegou
e tirou-me o tempo
pra fazer poesia

mas ainda há aqui
a poeta sedenta 
por palavra 
que grite
mais alto que o tempo

sem cronometro exato
sem horário marcado
a palavra pulsante
chega do nada
pedindo perdão
pela poesia falante
que está em falta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário