domingo, 18 de maio de 2014



''Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor''


Em um pequeno papel de retalhos, onde a costura começou a seis meses atrás, me vi re-olhando, re-escrevendo, re-vivendo cada partezinha daquela costura bonita. Cada palavra que organicamente saía e esbarrava com a sua, e mesmo que tão diferentes, se encontravam e sabiam dizer tudo o que coubesse. Cada beijo saborosamente vivo. Cada abraço acalentador.
E no dia, que choveu demais, cê me ajudou a não afogar.
E no dia.
No dia que eu resolvi ir.
Retalhos sumiram, retalhada fiquei.
Porque eu nunca soube aguentar muito as coisas.
Você sabe. Sabe como é a confusão interna dos poetas que amam demais.
Então me diz, por que pra tão longe?
Onde não cabem mares de noites viradas, filmes de baixo da coberta, sorrisos sinceros sobre nós.
Há um fio da vida que parece que sempre vai tornar caótico os laços dos amantes que gostariam de estar juntos. e pra onde irá esse amor imenso que pulsa em nós?
Pra que cais irão as palavras sofridas
que ficam aqui
pensando
em como dizer.


Pra onde você vai?
Porque eu sei. Parece que eu fui. Mas decisões dizem tão menos
que as reais sensações internas.
Tão menos que os suspiros de saudade.
Tão menos que a vontade de estar.
Quando eu disse que acabou
foi por mal
não cabia
faltava ar
diante de tantas pessoas e vidas e amores e dores cansadas caladas , com crises de ansiedade.
você sabe.
você soube.
soube como foi
aquela madrugada
no hospital
pode ter certeza
que nunca, nunca houve tanto cuidado. nunca alguém me amou assim.
sei que tão descompassadas e completamente avoadas, essas palavras, tão iaiá, tão sem jeito. mas tão aqui.
beija flor, não criarei codinomes dos meus sentimentos, nem resguardarei tudo que posso dizer é

fica.

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