sábado, 19 de abril de 2014

nem mesmo as palavras
têm dado espaço pro corpo translúcido em emoções
corpóreas externas confusas
nem mesmo as palavras saem mais
sem eira nem beira pra conseguir evidenciar a dor interna
das paixões
da vida que não cabe dentro de mim
que explode
aos cacos
conforme me vem
qualquer pitada de reflexão.

nem mesmo as palavras sabem mais
se é prosa ou poema
se é vida ou se é morte
se é isso ou se é aquilo

eu não sei mais de mim
nem do chão que devia existir
ou do meu amor que explode
extende-se por tudo
e emaranha

dorme
dorme
dorme Iaiá
pra ver se o timbre das canções de ninar
tocam-lhe a alma
e lhe abraçam
como aos cinco anos
em que as mães
ainda afagavam.

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