nem mesmo as palavras
têm dado espaço pro corpo translúcido em emoções
corpóreas externas confusas
nem mesmo as palavras saem mais
sem eira nem beira pra conseguir evidenciar a dor interna
das paixões
da vida que não cabe dentro de mim
que explode
aos cacos
conforme me vem
qualquer pitada de reflexão.
nem mesmo as palavras sabem mais
se é prosa ou poema
se é vida ou se é morte
se é isso ou se é aquilo
eu não sei mais de mim
nem do chão que devia existir
ou do meu amor que explode
extende-se por tudo
e emaranha
dorme
dorme
dorme Iaiá
pra ver se o timbre das canções de ninar
tocam-lhe a alma
e lhe abraçam
como aos cinco anos
em que as mães
ainda afagavam.
Muito lindo!!
ResponderExcluirObrigada moça! :3
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