domingo, 14 de abril de 2013

Amorando.


Um. Dois. Três. Escrevo. Ponto. Paro. Suspiro. Ah, mas que loucura, não? Essa reviravolta louca aqui de dentro, um medo pulsando, com medo de sentir coisa boa novamente. Sim, medo de sentir coisa boa, e sofrer tanto quanto... É, antes. Agitação corporal, como se tudo tivesse nascendo, como se eu olhasse pra fora e conseguisse ver nas árvores do outro lado da rua, um singelo e mistico jeito de ouvir um: Vamos, menina nova, vamos andar.
Que tem muito pra se ver! Pra sofrer, pra amar, pra dançar entre os ladrilhos de novas casas, e dias de café, e de chuva, e de sol com pitanga. Descanso. Descanso na confusão acelerada que me fez escrever. Descanso no pé de amora, que tem aqui do lado, que por mimetismo mental , eu criei, e ela existe, desde que conheci você, e hoje, hoje eu consigo olhar pra ela, e vê-la como uma árvore bonita dos meus sonhos passados. Passados. Passado! Passando. E eu sempre vou olhar pra ela, quando o sol estiver nascendo, e pedir bem baixinho: Espero que ele esteja bem. Porque eu amei ele tanto. Tanto, que ele nem sabe. Cuida dele pra mim, cuida. Cuida com o carinho que eu tenho aqui dentro.

Mas hoje, hoje eu tô saindo pra ver se nasce nova árvore, quem sabe, de amoras mais duráveis.

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