meu corpo
é palavra
viva
pulsa
pulsa
pulsa
e sai aos gritos
pro mundo
que eu nem sei quem é
não sou poeta
não sou princesa
não sou sua
sou minha
só minha
mulher
onde as palavras brotam
do fundo do peito e rasgam
a garganta para dizer
qualquer coisa sobre o amor
que não cabe em mim
sobre a vida que não cabe
nos meus seios
que tanto sentem
na minha boca
que tanto fala
nos meus olhos
que tanto veem
não cabe
em mim
como ser feminino
emancipado
emancipei-me
ao jogar
palavras
provindas do meu corpo
no papel.
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