quarta-feira, 25 de junho de 2014


Comecei a escrever, mas queria desenhar. Deve ser porque nunca arranjarei palavras tão confortantes quanto sua companhia e talvez linhas leves de um desenho falariam melhor do que as minhas palavras tortas. Mas não sei desenhar. Pintei até meus 12 anos e quando conheci a escrita: parei. Mas também não sei escrever. Então como é que falarei para você sobre a gratidão que eu tenho pelo universo ou pelo responsável de ter te colocado em minha vida? Não deve ter nada de muito místico. Eu exagero. As pessoas aparecem e pronto, não é? Vão embora e ponto. Você vai embora? Hm. Me fala mais de você e desse seu jeito de fazer pessoas que tão doendo, sorrirem. Me fala do teu abraço. Me abraça. Desenha comigo. Escreve comigo. É que as minhas linhas são tão tortas, moço! Desde que coisas tortas ocorreram, minhas linhas estavam completamente sem rumo. Mas eu tenho uma vontade tão grande de viver, sabe? Que não dava para parar. Tem algo dentro de mim que é maior que eu mesma e que grita: continua Iaiá! Continua que a vida é grande e a morte é certa. Eu. Eu gosto de você. E de pensar em você. E de conversar com você. E rir com você. E ir com... Pera. Tá tudo bem? Ou eu tô exagerando novamente? Mas é que. Eu preciso te abraçar e ver seu sorriso de perto. E rir, como temos rido nos últimos tempos. E ir. Pra onde você quiser. Quisermos, talvez. 
Permite-me que seja no plural?

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