terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ares
arde
ainda arde um pouco
as lágrimas antigas
dos beijos passados

arde
mas
mais ares
ocupando corpo
voz cabelo vida
ares novos
respiro
respiro pela primeira vez
engulo o ar agarro o vento
encontro paz
sem pontos de exclamação
sem pontos finais repentinos
sem fluidez
sólido.
seguro.
amável.

plumas sobressaem
e perpassam cada parte do meu ser
e abraçam-me junto à luz do sol
de fim de tarde
de começo do dia
sol
solar
só lar

sim, me sinto em casa.
como se eu soubesse onde piso
sem muita onda
como casa de veraneio
nas férias pós-ano-agitado.

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