quinta-feira, 28 de março de 2013

Em meio a um suor pútrido, que respinga das axilas que trabalham diariamente, que pegam ônibus lotado, que sentem corpos cansados esbarrarem em si sem ao menos ter a opção de não tê-los ali. Em meio a odores ruins das esquinas, a pedintes de cada farol, a dor de cada um, seja ela dor de fome seja ela dor de amor. Em meio a esse mundo revirado de tristezas, em que ter sobrepõe ser, em que rotula-se tudo e esmaga-se a cada passo, esmaga o próximo, esmaga as sensações internas, porque se tem medo, medo de sorrir, medo de dizer que ama, medo do carinho. Gostaria de pedir-vos então, que me permitam ama-los, em meio a toda essa loucura, loucura que me veio a tona quando parei pra pensar que às vezes, um abraço forte, já ajuda. Não recuse amor.

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