terça-feira, 26 de março de 2013



Me deparo com um teclado que possui inúmeras letras, pontuações, números. Tenho um universo de possibilidades a minha frente, de possibilidades pra juntar, formar, palavras que voam dentro de mim, tem tantas, que nem sei por onde começar! Oh, me veio amor. Foi a primeira palavra que me veio a mente, ou será que burlei as regras da escrita e a coloquei propositalmente aqui? Regras... Quem diria, se a escrita tivesse regras eu estaria perdida, mais do que já estou. Acho que é por isso que andamos de mãos dadas, eu e as palavras, porque elas são tão fugazes como eu, tão intensas, dizem por si só. Será que sou uma palavra? Uma palavra que canta, que ri, que chora, que ama. Será? Diga-me, leitor, diga-me o que sou. Porque já nem sei mais, não sei do que digo, pra quem digo, por onde dizer...
Sei simplesmente que há um desejo enorme de dizer algo pro mundo, sem até agora saber ao menos por onde começar. Digo que tenho muito amor dentro de mim, tenho tanto amor, que por ora, acho que vou explodir. As palavras me entendem. Porque elas saem assim como meus pensamentos internos, elas correm por aí e quando menos espero, uma palavra me escapa pelas mãos (vulgo: boca). Eu sou uma palavra em meio as trezentas mil que estão em minha mente, sou uma palavra sincera. Junta-se a mim? A minha loucura matinal? Sim? Diga-me moço, diga-me se esta disposto, disposto a me amar, assim como amo as palavras. Mas advirto: Sou daquelas que andam feito verbo, que param feito ponto, que sentem feito todas as classificações gramaticais juntas, que possui reticência no olhar e interrogações nos dizeres.
Sou uma palavra-menina que anda aprendendo a amar.

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