sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


Somos um bicho estranho. Sai sal dos nossos olhos misturado com água. Sai risos de nossas bocas até doer a barriga. Amamos corpos e bocas. Temos tristezas certas e certezas incertas. Vivemos correndo por aí, buscando coisa nova, gente nova, vida nova. Ser feliz? O que é isso? Felicidade é levantar de manhã, é abrir a porta pro sol nascente, é escrever besteiras como essa sem ligar pro que vão dizer. É ler Poe e sentir calafrios na barriga, ou ficar drummonizando por aí com pitadas de lispector. É falar, gritar pro mundo: Estou viva. Estou vivo. Eu amo. Eu sinto.
E no meio da noite, do sono latente percebo sem nenhuma percepção concreta que somos um mistifório de sentidos estranhos. Sentidos humanos.

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