segunda-feira, 7 de janeiro de 2013


Iáiá se enojou, ao ver tanta dor, gente por aí que não sabe o que é o amor, nem mesmo aquele amor minimalista que deve-se ter ao próximo, ao colega que seja. Ao vendedor de pipoca. Aleivosia com pitadas de egoísmo, egoísmo que perfurou pele de Iáiá, que foi perfurando até rasgar-lhe os pulsos. Expelia sangue de Iáiá. Era um sangue tão vermelho como o amor que pulsava dentro dela. Amor de amiga, amor-Iáiá. Não é pra entender. Iáiá em meio a tristeza sentia gente por aí que não sabe o que é no minimo, respeito. Iáiá só queria ter tido respeito. Iáiá falava por aí, ria e chorava. Iáiá era sincera. Iáiá tava morrendo, no meio de uma poesia mal feita misturada com seu próprio sangue amargo. Sangue cuspido por outro. Proferido as palavras, Iáiá as engoliu e teve que lidar com todas elas sozinha, sem ser ouvida. Sangue sinceramente sereno pós-chuva. Pós-raiva. 

Pois, pôs uns pós em tudo pra ver se passava.

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