quinta-feira, 15 de novembro de 2012



Acostumada a viver assim, com flores nos dedos, cores na veia. Tantas, desde o vermelho favorito, até o amarelo que me acolhe. Pulsando, falando, correndo com esse coração acelerado que tenho. Sinto muito, sinto perder, sinto perceber que perco, perdemos tudo. O tempo todo. Morreremos , inevitavelmente. Por ora, me sinto morta, mas ai, vejo que tenho tanta coisa aqui dentro, tanta admiração pelo mundo, pelas essências que perpassam minha vida e sobrepõem as decepções diárias. Sinto muito, por não escrever bem aqui. Acho que só quero dizer. Dizer que amo, amo uma vida assim, viva, ainda que, determinada ao fim. Amo ver e recorrer. Amo sentir lábios, sentir gostos, me arranhar num galho e fazer curativos com bandaids da minha infância. Tomar banho de chuva, rir até a barriga doer, deixar o vento bater nos meus cabelos, ter marcas, sentir frio, sentir calor, ir , vir, ver, ouvir. Verbalizarei por aí, pra ver se vai passar. Passar uma dor, que anda pairando por aqui. É. Sempre assim. Verbalizo, o verbo se enche de adjetivos e tons , até que um dia, vem o ponto final, e rompe... Depois de um tempo dou espaço a vírgulas novamente, que mesclam com novas palavras, novos sentidos e pesares ; amares. É. Três pontos, venham.



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