terça-feira, 31 de julho de 2012

Uma boca palavreando.


Engoli um livro ontem, cheio de palavras bonitas, elas entraram no meu corpo e me enrolaram de mansinho. Cheio de nuances, essas palavras sorrateiras! E ai elas colaram na minha boca e foram saindo pro mundo, tinha uma que eu simpatizei bastante, e ela mudava conforme as páginas, como se em cada página possuísse uma cor diferente, queria se mostrar entre as outras, mas ao mesmo tempo era tímida, tinha medo de dizer o que sentia, expressava e desesperava. Era curta , somente três letras, e passava por entre as folhas, metralhava sensações no meio das tristezas narradas no livro, tristezas do pobre, do que passava frio, do que vivia no mundo suburbano e esperava uma luzinha de calor, que esperava um carinho de mãe, essa palavra faminta perpassava o livro e chegou a mim, conforme fui mastigando-a, abracei e proferia ela com intensidade, pois eu tinha fome, fome de Amor.

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