segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Palavra.

É incrível como a escrita tem sido uma válvula de escape para mim. Toda vez que sinto algo muito forte, uma tristeza profunda, uma alegria intensa ou um pensamento em você; a escrita tem sido minha única alternativa.

As palavras vão soltando-se no papel, vão caminhando como se não existisse o ponto final, mas quando ele vem... Rompe. Rompe não com minha linha de pensamento e sim com minha “linha de sentimento”. Pois a palavra para mim não é apenas uma junção de sílabas, a palavra é algo tão profundo que é como se ela estivesse guardada lá no fundo do âmago e emergisse; muitas vezes emerge da boca para fora, mas quando é dessa forma é como se a palavra perdesse sua essência, seu sentido.

A palavra amor, por exemplo, quando fala, vê ou escreve ela aposto que veem trilhões de coisa à sua mente: o primeiro beijo, aquela época em que você tinha 10 anos e gostava do seu melhor amigo, a sua primeira paixão- aquela intensa e fugaz; o amor não correspondido- aquele por qual você sofre, chora, perde o espírito de ir em frente e tentar de novo... Traição. A falta de amor lembra traição, mas essa lembrança eu não desejo a ninguém. Mas no momento amor lembra-me você. O problema é que eu nem sei se é amor, no fundo eu nem sei o que é, só sei que resolvi denominar esse sentimento-sem-nome de amor.

Eu disse para vocês como solto as palavras no papel, minhas palavras já estão confundindo-se, embaralhando-se e o foco do texto já está perdendo-se em meio aos meus sentimentos jogados aqui.

Acho que é hora de chamar aquele que eu citei a princípio. Chamar o ponto final, para infelizmente romper minha “linha de sentimento”.

Ponto.

Porque no fundo ela sempre se rompe.

9 comentários:

  1. Acho que ele é lerdo demais pra perceber o significante do seu sentimento-sem-nome amor.

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  2. Almofada, não dê palpites errados, ok.

    SHAUA E usa o seu nome, Gabriela . (:

    Ah, é o significante no fundo não é amor , ok, aa.

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  3. Meu nome é sem graça demais, e gostei de almofada. Almofadas combinam comigo. Logo, seja mais direta com relação ao amor.
    Desculpe, palavras não me pareceu ser o tema principal, só uma desculpa pra extravasar sentimentos, hahah.
    E outra, tu descobriu meu blog. Cara, era pra ser secreto.
    Eu não tenho talento pra escrever coisas profundas, por isso fica tudo meio cômico. ( ou não)

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  4. Ina, que isso não seja visto como ironia, pois não será, mas direi que o que mais gostei no texto foi justamente a falta de objetividade, que contextualiza perfeitamente com o tema do próprio texto. Adorei.

    PS: amei a imagem também.

    Estela Janine

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  5. HAHA, você é uma ótima observadora Gabriela, sim, no fundo foi uma maneira de extravasar sentimentos, rs. No fundo os meus textos sempre estão permeados com meus sentimentos, rs.

    Sim, eu descobri ! E achei ele muito engraçado, sério. Você é uma comédia, HSUA
    Eu gostei, de verdade.

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  6. Ah, obrigada Estela. Volte sempre ao blog, será bem vinda. (:

    beijos.

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  7. Alôooo! Muito bom, embora você tenha esquecido de sinalizar como feito de Kaio Cassio, em sua jornada ao Guaracy Silveira na busca do papel perdido.

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  8. HSAUSHA, nem está tão bom assim, ok.

    HAHA, ops, desculpa, eu acrescento uns créditos dizendo: Esse texto não estaria aqui se o Kaio Cassio com sua bondade e boa vontade (mentiraaaa !) fosse comigo procurar o meu texto perdido na escola, rs Após ter acabado de sair de lá, haha , detalhe: quando estavamos quase no ponto . Mas ok, a jornada valeu a pena. Afinal, achamos ele \o

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  9. [Já tem um comentário meu aqui...] -q

    Lembro quando você me mostrou este texto na escola, e eu gostei. E eu vi o quanto importante a escrita é para você, e hoje depois de ter lido todos ou textos anteriores a esse tenho isso bem mais claro ainda em minha mente. O quanto de você, que você põe aqui nesta mera página de internet, que com seus sentimentos, suas palavras se tornam não só mais um blog, e sim um diário, uma vida.

    É até estranho pensar que depois deste texto tenham vindo TANTAS coisas, que tenhamos vivenciado tanto, e que ao mesmo tempo o dia que você me mostrou esse texto na sala parece estar tão próximo, tão recente...

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