sexta-feira, 22 de maio de 2015

SOME

some dos meus pensamentos noturnos
some dos meus poemas noturnos

desaparece

das linhas contundentes
vermelhas ásperas rígidas
como o beijo dado

dos espaços contidos em mim

de mim
do meu corpo
que nem corpo é mais
virou palavra cuspida
pós-opressão

pré-socráticos
do amor único

talvez vocês estejam certos

não há devir
nem vir-a-ser

muito menos
várias formas de amar

hoje somente há

o ser que somos

o ser que é:
silencia(dor)

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