domingo, 26 de janeiro de 2014

[para ouvir ao ler: http://www.youtube.com/watch?v=c1QrNfCuEpc]

rodopiou
pirou
nas redes conexões
tão esmeras
virtuais.

rodopiou
gritou
nas palavras trocentas
que passavam dentro dela

e paravam
arrancavam cada suspiro noturno

-deleite humano-

sempre foram
as palavras.

só elas
sabiam rodopiar de forma grata
bonita e claramente distante
do artifício de expor
por regalia egoísta.

somente elas
indecentes
pululavam
como notas dançantes
que exalam
perfuram

mas dizem
gritam

e expõem todo meu medo
todo meu amor
todo o mundo
menos virtual
e mais
tátil

ao meu pensar
a minha boca

a minha vida
que engole
e profere
ruídos noturnos

sobre ser poesia

onde não há.

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